Consulta sobre licitação do transporte coletivo é prorrogada

A Prefeitura de Curitiba ampliou o prazo para que moradores possam contribuir com sugestões sobre a nova concessão do transporte coletivo. A consulta pública, iniciada em 19 de setembro e prevista para terminar nesta sexta-feira (17 de outubro), foi estendida até 17 de novembro.

Durante o encontro foi requisitada a realização de uma nova audiência pública para ampliar o diálogo sobre as mudanças planejadas. A proposta de concessão prevê a modernização do sistema de transporte, com a implantação de veículos elétricos, ampliação das linhas e integração entre diferentes modais de deslocamento urbano.

A presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Ana Jayme Zornig, informou que desde o início do processo já foram registradas 188 contribuições enviadas pela população. De acordo com ela, o envolvimento dos usuários é fundamental para aprimorar o modelo de operação e garantir eficiência ambiental e econômica. A consulta pública está disponível no site da Prefeitura e recebe manifestações até as 23h59 do dia 17 de novembro. Após o encerramento, todas as sugestões serão analisadas tecnicamente pelas equipes da Urbs e do Ippuc antes da publicação da versão final do edital de licitação, prevista para o início de 2026.

A consulta pública está disponível neste endereço.

As manifestações serão analisadas e sistematizadas e as respostas serão publicadas no site no prazo de até 30 dias após o encerramento da consulta pública.

O objetivo é que cidadãos, representantes de entidades governamentais, comunitárias e setoriais possam contribuir com sugestões e propostas antes da publicação do edital e a realização do leilão.

A ideia é, além de promover transparência, garantir o diálogo do poder público e a sociedade para melhorar o serviço do transporte na capital e para que ele atenda às necessidades da população.

Audiência Pública
Na noite desta quarta-feira (15/10), a audiência teve a participação de representantes da Urbs, do Ippuc, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do consórcio liderado pela Oficina Engenheiros Consultores Associados. Além de uma apresentação sobre o projeto, os participantes puderam fazer sugestões e perguntas.

Cerca de 100 pessoas, entre investidores, operadoras do sistema, fornecedores de equipamentos e passageiros do sistema, estiveram no evento. Esta foi a segunda audiência pública sobre a nova concessão. A primeira foi realizada em 1/10.

Lucas Cornelsen, gestor comercial da fabricante de carregadores elétricos Riseon, de Jaraguá do Sul (SC), veio conferir a audiência e a possibilidade de negócios. “Estamos interessados no projeto de Curitiba, com a aquisição de 245 ônibus elétricos na nova concessão”, afirmou.

O engenheiro civil Carlos Passos veio questionar sobre o que a nova concessão prevê para remodelagem de linhas, em especial das que operam no Tarumã, onde reside. “Quero saber como vão ficar duas linhas que operam na minha região que vi que serão modificadas”, disse.

Na primeira parte da audiência, a gerente de projeto do departamento de estruturação de soluções de mobilidade do BNDES, Paula Fogacci, e o diretor da Oficina Engenheiros Consultores Associados, Arlindo Fernandes, fizeram uma explanação técnica e, na sequência, o espaço foi aberto para perguntas.

Os interessados também puderam conferir a reunião pelo canal do YouTube da Prefeitura de Curitiba.

Os questionamentos durante a audiência envolveram temas como modelo de concessão, remodelagem de linhas, tarifa, tecnologias adotadas e transição para o novo contrato.

O que prevê
A nova concessão do transporte coletivo prevê a modernização do sistema, com novas rotas, investimento em ônibus zero emissões e implantação de integração temporal entre todas as linhas da capital, com foco na agilidade do deslocamento e na qualidade do serviço.

O leilão será de cinco lotes – dois de BRTs (abrangendo as linhas que circulam em canaletas exclusivas) e três regionais (Norte, Sul e Oeste) com contrato de operação de 15 anos.

Os investimentos previstos são de R$ 3,7 bilhões no período e incluem a aquisição de 245 ônibus elétricos em cinco anos, de 149 ônibus a diesel modelo Euro 6 no início do contrato e mais 1.084 veículos ao longo do contrato.

O projeto também contempla a construção de dois eletropostos públicos, nos terminais Capão Raso e Capão da Imbuia. Além disso, estão programadas a construção e requalificação de 16 estações-tubo, reformulação de traçados de 30 itinerários e criação de cinco novas linhas. A nova concessão também prevê um fundo garantidor inédito para dar segurança financeira ao projeto e novos indicadores de qualidade do serviço.

A previsão é que a transição para a nova concessão dure até dois anos, período em que a tarifa, atualmente em R$ 6, não será reajustada.

O sistema integrado de mobilidade (Sim) de Curitiba envolve 309 linhas, 22 terminais, 329 estações-tubo e frota de 1.189 ônibus. São 555 mil passageiros pagantes/dia útil e 6,4 milhões de viagens por mês.

Também participaram da audiência: Heloisa Lopes, diretora Jurídica e de Integridade da Urbs; Sérgio Oliveira, diretor de Mobilidade Urbana da Urbs; Rafael Chambarelli, gerente jurídico do BNDES; Joana Sauer, do departamento jurídico do BNDES; Augusto Tedeschi, da Rhein Schirato Meireles Sociedade de Advogados; Luiz Gustavo Souza Duque, da Addax Assessoria; colaboradores da Urbs e do Ippuc; e servidores da Prefeitura.

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Fonte:Blog do Tupan

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