CONTAG, acusada de fraudes, é criticada por sua presença em evento ambiental

Entidade CONTAG, acusada de desviar mais de R$ 2 bilhões, participa de marcha ambiental em Belém.
COP 30: CONTAG marcha pelo clima
A COP 30, que acontece em Belém, no Pará, é atualmente um ponto focal de discussões sobre questões ambientais e sociais. Neste sábado (14), a cidade foi tomada por uma marcha pelo clima, com concentração iniciando às 7h30 e início da caminhada às 9h. O evento, que reuniu centenas de pessoas, protestou contra a exploração de petróleo na Foz do Amazonas e defendeu os direitos indígenas, especialmente no que diz respeito ao novo marco temporal, tema que gera divisões no Congresso e na sociedade.
Aumento da Tensão Política
A manifestação ganhou força após o IBAMA ter liberado recentemente uma autorização para a exploração naquela área. O apoio de figuras políticas, como os senadores Randolfe Rodrigues e Davi Alcolumbre, que se opõem à medida, também foi um fator importante no impulso do evento. O debate sobre a exploração de petróleo na região é um tema quente, refletindo a crescente tensão política em torno da questão.
Questões Indígenas e Agronegócio
Outro ponto crucial discutido durante a marcha é o novo marco temporal das terras indígenas. O deputado Rodolfo Nogueira, presidente da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, destacou a importância da preservação do direito de propriedade, como estabelecido pela Constituição de 1988. Ele criticou o governo, alegando que está promovendo uma divisão no país em relação a assuntos fundiários, um aspecto que se torna cada vez mais relevante no debate nacional.
Polêmica com a CONTAG
A marcha também foi marcada pela polêmica em torno da CONTAG (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), que está sendo investigada pela Polícia Federal no escândalo do INSS, acusado de desviar mais de R$ 2 bilhões. A presença da CONTAG na manifestação, com faixas de apoio, gerou críticas e questionamentos sobre a legitimidade de sua participação, dado o contexto da investigação.
Apoio Ministerial e Defensores dos Direitos Indígenas
Ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, se pronunciaram durante a marcha, enfatizando a defesa do meio ambiente e os direitos dos povos originários. Ambas são integrantes da CPMI do INSS e já enviaram requerimentos à comissão solicitando que a CONTAG seja ouvida sobre sua possível influência em eventos governamentais, incluindo a marcha da COP 30.
Conclusão
Os desdobramentos em Belém revelam a complexidade das questões ambientais e sociais que estão em pauta na COP 30. A crescente tensão política envolvendo a exploração de recursos naturais e os direitos das populações indígenas permanece no centro das discussões. A Jovem Pan continua acompanhando as conversas em Belém e trará mais informações sobre os próximos eventos e suas implicações no Brasil.


