Estratégia chinesa visa reduzir dependência tecnológica dos EUA

A China aposta em chips semicondutores e energia barata para avançar na corrida da inteligência artificial contra os EUA.
Recentemente, em 8 de outubro de 2023, Jensen Huang, CEO da Nvidia, indicou que a China poderia superar os Estados Unidos na corrida pela inteligência artificial. Este tema delicado reflete a intensa competição entre as duas potências econômicas, que lutam pela liderança tecnológica global, necessitando de grandes quantidades de chips e energia para o desenvolvimento de modelos de IA avançados.
Dependência e Investimento em Chips
A China enfrenta um desafio significativo com sua dependência de tecnologia estrangeira. O governo dos EUA tem utilizado essa vulnerabilidade como uma estratégia para limitar o avanço tecnológico da China, impondo restrições à compra de dispositivos. Em resposta, Pequim tem investido massivamente na indústria de chips domésticos, e os resultados já são evidentes. A gigante Huawei está ocupando o espaço deixado pela Nvidia, permitindo que a China continue na corrida pela IA. O Huawei CloudMatrix 384, que conecta 384 chips Ascend 910C, é um exemplo dessa nova estratégia.
Vantagem Energética da China
Conforme reportado pela CNBC, a aposta na Huawei indica que a China precisará de mais chips para alcançar o desempenho da Nvidia, resultando em um consumo de energia maior. No entanto, a abundância de energia barata na China, resultante de investimentos em energias renováveis e nucleares, oferece uma vantagem sobre os EUA. Soluções como o CloudMatrix, apesar de serem menos eficientes em termos de energia, se beneficiam dessa infraestrutura energética acessível.
Subsídios e Sustentação do Setor
Para impulsionar o setor de IA, as autoridades chinesas estão oferecendo subsídios que reduzem as contas de eletricidade dos data centers que utilizam chips nacionais. Essa estratégia visa não apenas fomentar a indústria local, mas também manter a competitividade no cenário global. A questão que permanece é até quando Pequim conseguirá sustentar essa eficiente, até agora, estratégia, considerando o consumo elevado de energia dos aceleradores de processo menos avançados.




