CPI do Crime Foca em Orçamento e Integração com Depoimento de Lewandowski

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado agendou para a próxima terça-feira, dia 9, uma audiência crucial com o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. A expectativa é que a oitiva, que marca o sexto encontro da CPI, aprofunde o debate sobre a alocação de recursos para as instituições de combate ao crime organizado em todo o país.

Segundo o senador Fabiano Contarato (PT-ES), presidente da comissão, a sessão representa uma “oportunidade valiosa” para os parlamentares avaliarem a atuação conjunta de órgãos federais e estaduais. Além disso, o foco estará na identificação de necessidades de investimento para fortalecer o enfrentamento às facções criminosas que atuam no Brasil.

“A CPI está fazendo um diagnóstico rigoroso das brechas que fragilizam o enfrentamento do crime organizado e alimentam a certeza da impunidade”, declarou Contarato. Ele ressaltou a importância de um “investimento real, contínuo e estruturado”, justificando a relevância da participação de Lewandowski na reunião.

Paralelamente à discussão orçamentária, a CPI também se dedica a analisar a interação entre os diferentes órgãos de segurança, com ênfase no compartilhamento de informações, inteligência policial e políticas de prevenção. Este foco surge em um momento em que a colaboração entre as forças de segurança é vista como essencial para o combate eficaz ao crime organizado.

Em outra frente, a CPI aprovou a convocação do ex-deputado estadual do Rio de Janeiro, Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias. A decisão foi tomada em reunião deliberativa na última quarta-feira, juntamente com a aprovação de outros 37 atos.

TH Joias é suspeito de envolvimento com o Comando Vermelho (CV), a maior organização criminosa do Rio de Janeiro, e já foi alvo de operações policiais. As investigações apontam para a intermediação na compra e venda de drogas, fuzis e equipamentos militares, além de nomeações de integrantes do CV para cargos na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Ainda, a crise envolvendo TH Joias resultou na prisão do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União-RJ), acusado de vazar informações da investigação para o ex-deputado. O caso demonstra a complexidade e as ramificações do crime organizado no cenário político.

Fonte: http://vistapatria.com.br

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