Vice-secretário de Estado dos EUA se manifesta sobre a atuação do ministro do STF
Christopher Landau, vice-secretário de Estado dos EUA, critica a atuação de Moraes e alerta para riscos nas relações entre Brasil e EUA.
Christopher Landau, vice-secretário de Estado dos EUA, fez críticas contundentes à atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira, 17 de setembro de 2025. Ele sinalizou que a postura de Moraes pode ameaçar mais de 200 anos de diplomacia entre Brasil e Estados Unidos.
Landau expressou sua preocupação pelas redes sociais, sugerindo que o governo brasileiro precisa agir para limitar a atuação do magistrado. Ele afirmou: “Os Estados Unidos continuam aguardando que o Brasil contenha o juiz fora de controle Moraes antes que ele destrua completamente a relação que nossos grandes países desfrutam há mais de dois séculos”.
Críticas à manipulação do Judiciário
O vice-secretário acusou Moraes de manipular o Judiciário para fins políticos, afirmando que a aplicação de medidas de censura não será tolerada pelos Estados Unidos. “Os Estados Unidos não permitirão que o juiz Moraes estenda seu regime de censura ao nosso território”, destacou Landau.
Além disso, ele chamou o processo judicial em andamento no Brasil de “farsa política”, questionando a possibilidade de aumentar a punição de um réu em função da reação de terceiros. “Aqueles que afirmam seguir o Estado de Direito não podem aumentar a punição de um réu em função da resposta de terceiros à sua decisão”, afirmou.
Relações Brasil-EUA
As declarações de Landau não são novas. Após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo STF, ele já havia alertado sobre o enfraquecimento do Estado de Direito no Brasil e os impactos negativos nas relações entre os países. Landau enfatizou que os Estados Unidos responderão adequadamente a qualquer movimento que considere uma “caça às bruxas política”.
As tensões entre os dois países refletem um momento crítico nas relações diplomáticas, que podem ser afetadas por decisões judiciais internas e a postura do governo brasileiro.
