Demissões na Amazon: CEO explica “não é por dinheiro ou IA”

Mudanças culturais na gigante do varejo

Demissões na Amazon: CEO explica "não é por dinheiro ou IA"
Amazon demite 14 mil e chama reestruturação de “mudança de mentalidade” (Imagem: DFree / Shutterstock.com)

O CEO da Amazon, Andy Jassy, justifica a demissão de 14 mil funcionários como uma mudança cultural, não por questões financeiras ou pela IA.

Em 2 de novembro de 2025, durante a divulgação dos resultados trimestrais, o CEO da Amazon, Andy Jassy, afirmou que o corte de 14 mil funcionários não foi motivado por dificuldades financeiras nem pelo avanço da inteligência artificial. Segundo Jassy, a medida faz parte de uma mudança cultural necessária para simplificar a estrutura organizacional da empresa.

Complexidade organizacional e demissões

Segundo revelado pelo Business Insider, Jassy explicou que, com o crescimento acelerado da companhia e a criação de novas divisões, a estrutura organizacional se tornou excessivamente complexa. “Você acaba com muito mais pessoas e com muito mais níveis hierárquicos… às vezes, sem perceber, pode enfraquecer o senso de responsabilidade das pessoas que realmente executam o trabalho”, destacou. A Amazon registrou uma alta de 13% nas vendas em relação ao ano anterior, totalizando US$ 180 bilhões no trimestre, mas encerrou 2024 com cerca de 1,5 milhão de funcionários, abaixo do pico de 1,6 milhão em 2021.

Objetivo de agilidade e impacto humano

O objetivo, segundo Jassy, é “operar como a maior startup do mundo”, o que demanda uma redução nas camadas de gestão. As demissões visam restaurar a agilidade e preparar a empresa para os ganhos futuros trazidos pela inteligência artificial. No entanto, o momento do anúncio levantou questionamentos sobre a transparência, especialmente porque a Amazon continua ampliando suas iniciativas de IA em logística e varejo.

Reestruturação e seus efeitos

Para milhares de funcionários, essa “mudança cultural” vem acompanhada de um impacto direto. Assim como Google e Microsoft, a Amazon adota o chamado “Grande Achatamento”, uma reestruturação que promete mais eficiência, mas que também reforça o preço humano da modernização corporativa.

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