Entenda a relevância do trigo na dieta e suas curiosidades nutricionais

O trigo é um dos grãos mais consumidos do mundo e fundamental na alimentação humana.
O trigo na alimentação diária
Presente no pão do café da manhã e na massa do jantar, o trigo é um dos grãos mais consumidos do mundo. Cultivado há mais de 10 mil anos, foi um ingrediente essencial para o surgimento das primeiras civilizações. No Brasil, o consumo médio de trigo, presente em diversos alimentos do dia a dia, é de aproximadamente 40,6 kg por pessoa, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo). Esse índice coloca o país entre os 20 maiores consumidores do grão no mundo.
Curiosidades sobre o trigo
O professor de nutrição da Afya Centro Universitário Itaperuna, Diego Righi, explica que esse alimento, tão presente nas nossas refeições diárias, é cercado de particularidades nutricionais e comportamentais que passam despercebidas e lista quatro curiosidades sobre o consumo do trigo que nem todos sabem. O trigo pode ser encontrado em diferentes tipos, como o duro, o mole e o integral. Entre eles, o trigo integral é o mais nutritivo, pois mantém a casca e o gérmen do grão, que são ricos em fibras, vitaminas e minerais. Já a farinha branca perde boa parte desses nutrientes durante o processo de refino e, mesmo quando enriquecida com ferro e ácido fólico, ainda contém menos fibras e minerais que a versão integral.
A importância do glúten
O glúten é um conjunto de proteínas (de baixo valor biológico) presentes no trigo, centeio e cevada, responsável por dar elasticidade às massas. Para a maioria das pessoas, ele não traz problemas e pode ser consumido com moderação. No entanto, deve ser evitado por quem tem doença celíaca, alergia ao trigo ou sensibilidade não celíaca ao glúten. Em alguns casos de síndrome do intestino irritável, os desconfortos estão ligados aos frutanos do trigo, e não ao glúten em si.
Carboidratos e a dieta
O trigo é uma fonte de carboidratos complexos, que fornecem energia de forma gradual e ajudam a manter o corpo ativo. Farinhas e massas feitas com o grão podem ser incluídas na alimentação, preferindo versões com menos fibra antes do treino, para evitar desconforto intestinal, e opções integrais em outras refeições, que auxiliam na saciedade e no controle glicêmico. De acordo com o nutricionista, incluir o trigo na dieta é saudável, desde que em quantidades equilibradas e preferindo sempre as versões integrais, que saciam mais e fazem bem ao intestino.
Preparações caseiras vs. ultraprocessados
O especialista aproveita para alertar que para aproveitar os benefícios do trigo sem exageros, o ideal é variar as fontes de carboidrato ao longo da semana para garantir uma maior quantidade de micronutrientes como vitaminas e minerais. O nutricionista também reforça sobre a importância de combiná-lo com proteínas magras e vegetais. “O ideal é montar o prato com uma parte de carboidrato, uma parte de proteína magra e duas partes de vegetais. Essa combinação favorece a glicemia, saciedade e recuperação”, afirma.
Outro ponto destacado por Dr. Diego é que preparações caseiras, feitas com farinhas integrais, são sempre uma escolha melhor do que produtos ultraprocessados. “Preparações com farinhas integrais tendem a ter menos sódio, açúcar, gorduras de baixa qualidade e aditivos. Em geral, é uma escolha melhor”, explica o professor. “Quem tem sensibilidade ou intolerância ao glúten deve optar por alternativas como arroz, milho, quinoa, amaranto, sorgo, teff, ou mandioca. A chave é a moderação. O trigo pode fazer parte de uma alimentação equilibrada, o importante é saber como e quanto consumir”, conclui.



