Quase 15 anos após um episódio marcante do Campeonato Brasileiro, Fluminense e Palmeiras se encontram novamente em um momento decisivo, mas com papéis invertidos. A partida deste sábado reacende a memória de 2010, quando a torcida palmeirense, em um ato controverso, pediu para o time ‘entregar’ o jogo ao Fluminense, visando prejudicar o rival Corinthians na disputa pelo título. Aquele jogo, disputado na Arena Barueri, terminou com vitória tricolor por 2 a 1, impulsionando o Fluminense rumo à conquista do Brasileirão.
Naquela partida, a torcida do Palmeiras manifestou apoio ao Fluminense de forma inusitada, chegando a vaiar o próprio jogador, Dinei, após marcar um gol. O então técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, o Felipão, expressou sua indignação com a atitude da torcida. “Ridículo”, classificou Felipão na época, enfatizando que a postura da torcida não se justificava, independentemente de quem seria o beneficiado.
Agora, em 2025, a situação se inverte. Uma derrota do Fluminense para o Palmeiras no Allianz Parque pode prejudicar o Flamengo na corrida pelo título, enquanto uma vitória tricolor pode impulsionar o maior rival. O Palmeiras, com 69 pontos, busca a vitória para ultrapassar o Flamengo, que lidera com 71, a apenas três rodadas do fim do campeonato. A expectativa é de um jogo tenso e com grande impacto na reta final do Brasileirão.
O Fluminense, por sua vez, não pode se dar ao luxo de ‘flertar’ com a derrota, diferente do Palmeiras em 2010. A equipe carioca precisa da vitória para garantir uma vaga direta na Libertadores do próximo ano, estando a apenas um ponto do Botafogo, que ocupa a última vaga do G5. O dilema divide a torcida tricolor entre o desejo de vencer a qualquer custo e o desconforto em potencialmente favorecer o Flamengo.
Enquanto isso, o Flamengo vive um clima de tensão, acompanhando de perto o que acontece no Allianz Parque e se preparando para enfrentar o Red Bull Bragantino no Maracanã. Apesar das pressões externas, a comissão técnica e os jogadores do Fluminense garantem que o foco está na vitória, priorizando os interesses do clube e deixando as provocações para a arquibancada.
Fonte: http://esporte.ig.com.br


