A Dinamarca enfrenta uma escalada de tensões com o fechamento de aeroportos e acusações de ‘ataques híbridos’ após repetidos alertas de drones. O aeroporto de Aalborg, no norte do país, suspendeu as operações na última sexta-feira, marcando a segunda noite consecutiva de interrupções devido à presença não confirmada de drones nas proximidades. O incidente levanta sérias questões sobre a segurança aérea e as possíveis motivações por trás dessas ações.
O fechamento do aeroporto de Aalborg forçou o desvio de um voo da KLM proveniente de Amsterdã e o cancelamento de uma rota da Scandinavian Airlines de Copenhague. As autoridades policiais dinamarquesas relataram que dispositivos similares foram detectados em outros aeroportos e bases aéreas, intensificando a preocupação em todo o país. A primeira-ministra Mette Frederiksen classificou os incidentes como ‘ataques híbridos’, aumentando a tensão.
Em resposta a essa crise, o governo dinamarquês busca apoio internacional e cogita medidas drásticas. O Ministro da Defesa alertou que a presença dos drones é obra de um ‘ator profissional’ e representa uma ‘ameaça sistemática’. A possibilidade de invocar o Artigo 4 da OTAN, que prevê consultas entre aliados em caso de ameaças, está sendo considerada, demonstrando a seriedade com que a Dinamarca encara a situação.
A onda de incidentes não se limita à Dinamarca. Aeroportos na Noruega também relataram atividades suspeitas de drones, levando à prisão de um indivíduo estrangeiro operando um desses dispositivos perto do aeroporto de Oslo. Paralelamente, outros aeroportos europeus, como os de Bruxelas, Londres, Berlim e Dublin, foram alvos de ataques cibernéticos de origem desconhecida, elevando o nível de alerta em todo o continente.
Diante desse cenário complexo, líderes europeus manifestam apoio à Dinamarca. O presidente francês, Emmanuel Macron, ofereceu contribuições para a segurança do espaço aéreo dinamarquês, enquanto a União Europeia debate a implementação de um ‘muro’ de defesa contra drones. A situação permanece tensa, com as autoridades investigando a origem e as intenções por trás dessas ações que ameaçam a segurança aérea e a estabilidade regional. Mark Rutte, secretário-geral da OTAN, assegurou que a aliança está a levar o incidente “muito a sério”.
Fonte: http://jovempan.com.br
