Em manifestações que ecoaram por Brasília e mais de 30 cidades, o ex-ministro José Dirceu (PT) proferiu duras críticas ao Congresso Nacional, defendendo a necessidade de uma renovação para impulsionar as mudanças desejadas no país. O ato, realizado em apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), serviu de palco para o petista expressar sua insatisfação com a aprovação da controversa PEC da Blindagem e as tentativas de anistia a envolvidos em atos golpistas. Dirceu argumenta que o Legislativo tem se mostrado resistente em debater projetos cruciais do governo, como a isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil e o fim da escala 6 por 1.
O ex-ministro também aproveitou o momento para defender um aumento na tributação sobre as grandes fortunas, direcionando suas críticas aos setores mais abastados da sociedade. “É hora de cobrar impostos dos ricos, do BBB – Bilionários, Bancos e Bets”, declarou Dirceu, acusando ainda a extrema-direita, a família Bolsonaro e governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) de atuarem em conluio contra o governo Lula e de manterem um alinhamento político com o ex-presidente norte-americano Donald Trump.
Com o retorno à direção do PT, impulsionado pela eleição de Edinho Silva à presidência do partido, Dirceu articula uma possível candidatura à Câmara dos Deputados em 2026. “Quero saudar cada companheiro que veio aqui com a certeza de que vamos derrotá-los e reeleger Lula”, enfatizou o ex-ministro. O ato contou com a presença de líderes petistas de peso, como Lindbergh Farias (RJ) e Paulo Pimenta (RS), que também manifestaram forte oposição à PEC da Blindagem e ao projeto de anistia.
Os manifestantes, munidos de faixas com mensagens contundentes como “Sem anistia para golpista”, “Congresso inimigo do povo” e “Não à PEC da Bandidagem”, marcharam das imediações do Museu Nacional até a frente do Congresso. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi duramente criticado por pautar a urgência do projeto da anistia, rebatizado de “PL da Dosimetria” pelo relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP). O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também foi alvo de protestos, sendo associado ao bolsonarismo pelos manifestantes.
Fonte: http://jovempan.com.br
