O mercado financeiro brasileiro apresentou forte volatilidade nesta quarta-feira (17), influenciado pela decisão do Federal Reserve (Fed) e pelas declarações de seu presidente, Jerome Powell. Após um período de relativa estabilidade, o dólar à vista reagiu e fechou a R$ 5,3012, com alta de 0,06%, interrompendo uma sequência de cinco quedas consecutivas.
A decisão do Fed de reduzir a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, situando-a entre 4,00% e 4,25%, já era amplamente esperada. Contudo, as projeções dos dirigentes do banco central americano, juntamente com a entrevista de Powell, trouxeram nuances que impactaram o mercado. A fala do presidente do Fed, em especial, foi crucial para dissipar a euforia inicial, ao reforçar que as decisões futuras sobre juros dependerão dos dados econômicos.
Enquanto isso, o Ibovespa surfou na onda do otimismo e atingiu um novo recorde, superando os 145 mil pontos pela primeira vez no fechamento, com alta de 1,06%, aos 145.593,63 pontos. O índice foi impulsionado pela expectativa de juros globais mais baixos, que beneficiaram principalmente as ações de empresas cíclicas, mais sensíveis às taxas de juros.
“A expectativa de juros globais mais baixos a partir desta deflagração de ajuste na orientação da política monetária estimulou, em especial, as chamadas ações cíclicas”, aponta João Paulo Fonseca, head de renda variável da HCI Advisors. Entre os destaques positivos do Ibovespa, RD Saúde, Magazine Luiza e Assaí lideraram as altas, enquanto C&A, Marfrig e Pão de Açúcar registraram as maiores quedas.
Apesar da volatilidade em Nova York, onde os índices Dow Jones e Nasdaq apresentaram desempenhos distintos, o Ibovespa manteve o ritmo de alta. O mercado financeiro segue atento aos próximos passos do Fed e aos indicadores econômicos que irão nortear as futuras decisões de política monetária.
Fonte: http://jovempan.com.br

