Efeitos de explosões solares recordes sobre astronautas na ISS

Eventos solares intensos geram auroras e exigem medidas de proteção para tripulantes em órbita

Efeitos de explosões solares recordes sobre astronautas na ISS
Auroras geradas por explosões solares. Foto: Logotipo Olhar Digital

Explosões solares recordes geram auroras e aumentam radiação, afetando astronautas na ISS.

Explosões solares recordes e seus efeitos na Estação Espacial Internacional

Na semana de 14 de novembro de 2025, o Sol lançou uma série de explosões solares recordes, conhecidas como ejeções de massa coronal (CME), que impactaram diretamente os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS). Essas explosões não apenas geraram auroras em diversas partes do Hemisfério Norte, mas também elevaram os níveis de radiação em órbita, forçando os tripulantes a adotar medidas de proteção.

Consequências das erupções solares

As erupções solares, provenientes do grupo de manchas solares AR4274, liberaram jatos de plasma e campos magnéticos que atingiram a Terra, provocando auroras visíveis de modo inédito em regiões como o México. Contudo, as mesmas partículas que criaram esses fenômenos luminosos também carregam íons pesados e radioativos, tornando-se um risco para os astronautas da ISS, que não possuem a proteção da atmosfera terrestre.

Durante os dias 11 e 12 de novembro, as auroras se tornaram um espetáculo impressionante, mas a preocupação com a radiação levou a uma reorganização das atividades a bordo da estação. Os cosmonautas Oleg Platonov, Sergey Ryzhikov e Alexey Zubritsky se mudaram temporariamente para o módulo científico da ISS como medida de segurança, enquanto a equipe americana e japonesa permaneceu em seus alojamentos, onde os níveis de radiação eram considerados seguros.

Medidas de segurança em resposta à radiação

Sandra Jones, representante da NASA, destacou a importância de ter áreas designadas na ISS para situações de tempestades solares. Os astronautas receberam orientações sobre quais locais evitar durante períodos de maior risco, garantindo que ficassem o mais seguros possível. A presença de protocolos rigorosos é fundamental para a segurança dos tripulantes durante esses episódios solares.

A tripulação da Expedição 73, que inclui os astronautas da NASA Mike Fincke, Jonny Kim e Zena Cardman, além do japonês Kimiya Yui, chegou à ISS em 1º de agosto de 2025. Com a missão programada para durar três meses, esses astronautas devem estar sempre preparados para lidar com as consequências das atividades solares.

O contraste entre beleza e risco

As impressionantes auroras vistas da Terra contrastam fortemente com a realidade vivida pelos astronautas no espaço. Embora os fenômenos solares sejam visualmente deslumbrantes, eles apresentam riscos concretos à saúde dos tripulantes e ao funcionamento dos equipamentos na estação espacial. O aumento da radiação exige que os astronautas sigam protocolos rigorosos e reorganizem suas atividades em resposta a essas condições.

Conclusão

Os eventos de explosões solares recordes demonstram a dualidade do Sol: enquanto ele oferece deslumbrantes exibições naturais na Terra, também representa um risco significativo para os humanos que operam em sua vizinhança. As recentes erupções solares são um lembrete da necessidade de vigilância constante e de medidas preventivas adequadas para proteger aqueles que trabalham no espaço.

Além das explosões solares, outros desafios também afetam os astronautas em sua rotina. Recentemente, a missão Shenzhou-20, com astronautas chineses, enfrentou problemas ao tentar retornar à Terra devido a impactos causados por fragmentos de lixo espacial. Esses incidentes destacam ainda mais a complexidade e os riscos envolvidos nas operações no espaço.

As ocorrências de 14 de novembro são um exemplo claro de como eventos cósmicos podem afetar diretamente a vida e a segurança dos astronautas, exigindo adaptação e resiliência constante no ambiente espacial.

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