A atuação da arbitragem de Ramon Abatti Abel no clássico entre São Paulo e Palmeiras, no último domingo, segue gerando debates acalorados. A polêmica ultrapassou as quatro linhas e ganhou novos capítulos fora dos gramados, com questionamentos sobre a imparcialidade do juiz.
Diante das críticas de dirigentes de São Paulo e Flamengo, o Palmeiras divulgou uma nota oficial defendendo-se de uma suposta “pressão descomunal” de rivais, a quem chamou de “hipócritas da ocasião”. A nota enfatizava que o clube raramente se manifesta publicamente sobre arbitragem, priorizando os canais de discussão apropriados.
No entanto, essa postura contrasta com o histórico da presidente Leila Pereira, que, em diversas ocasiões, não hesitou em expressar publicamente sua insatisfação com a arbitragem e a CBF. Relembre alguns momentos marcantes em que a mandatária palmeirense questionou decisões e cobrou posicionamentos.
Em agosto de 2024, após a eliminação do Palmeiras na Copa do Brasil contra o Flamengo, Leila Pereira classificou a atuação do árbitro como “obscena”. Já em 2022, na eliminação para o São Paulo na mesma competição, a dirigente usou o termo “criminosa” para descrever a arbitragem, cobrando punições severas.
Em 2023, antes de outro confronto decisivo contra o São Paulo na Copa do Brasil, Leila ironizou a CBF e justificou as declarações de João Martins, auxiliar técnico do clube, sobre um suposto “sistema” que impediria o Palmeiras de vencer novamente. “O João falou a verdade. E, aqui no Brasil, as pessoas têm muita dificuldade em ouvir a verdade”, afirmou.
As críticas de Leila Pereira não se restringem a declarações públicas. A presidente já se reuniu com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, para cobrar providências e expressar sua insatisfação com a Comissão de Arbitragem. “O problema do Palmeiras não é com a pessoa Ednaldo, e sim com a Comissão de Arbitragem”, declarou.
Além das manifestações de Leila, o técnico Abel Ferreira também é conhecido por suas críticas à arbitragem. Recentemente, após o jogo contra o Corinthians pela Copa do Brasil, o treinador se revoltou com a anulação de um gol do Palmeiras, questionando a atuação da equipe do VAR.
Diante da repercussão do clássico entre São Paulo e Palmeiras, a CBF admitiu os erros de Ramon Abatti Abel e do árbitro de vídeo Ilbert Estevam da Silva, afastando ambos da escala de arbitragem. O São Paulo, por sua vez, solicitou a divulgação dos áudios do VAR, um procedimento que não faz parte do protocolo da CBF.
Fonte: http://esporte.ig.com.br