Pressão por boicote cresce em meio a críticas ao Estado judeu
A emissora RTVE da Espanha ameaça abandonar o Eurovision 2026 caso Israel participe. A medida se insere em um histórico de antissemitismo no país.
A emissora pública espanhola RTVE declarou, nesta terça-feira, 16, que abandonará a edição de 2026 do concurso musical Eurovision caso Israel seja mantido na competição. A pressão por boicote ao Estado judeu no festival entra para o histórico de antissemitismo da Espanha nos últimos anos e acontece em meio ao aumento de críticas internacionais às campanhas militares israelenses na Faixa de Gaza.
Reação das autoridades e apoio ao boicote
Autoridades espanholas, como o ministro da Cultura, Ernest Urtasun, vêm se manifestando publicamente sobre o tema. “A Espanha deve fazer tudo ao seu alcance para garantir que Israel não integre o Eurovision. Se a Europa não corresponder, nosso país precisa agir.” O primeiro-ministro da Espanha, o socialista Pedro Sánchez, reforçou sua opinião nesta segunda-feira, 15, após protestos pró-Palestina interromperem a Vuelta a Espanha devido à participação de uma equipe israelense.
Contexto da situação
Israel participa do Eurovision desde 1973, mas sua presença tem gerado protestos crescentes nos últimos anos, especialmente após o início do conflito em Gaza, desencadeado por ataques do Hamas que resultaram em milhares de mortos. Em resposta, o governo de Israel, por meio do chanceler Gideon Saar, acusou o governo espanhol de antissemitismo.
Crescente pressão por boicote
A tendência de boicote ao Eurovision segue um cenário de crescente pressão por parte de diversas nações europeias. Recentemente, um festival na Bélgica cancelou um concerto devido à falta de clareza sobre a posição de um regente israelense. Manifestações e ameaças de boicote aumentaram a cada edição do evento, refletindo uma crescente hostilidade em relação a Israel na Europa.
