Paralisação governamental durou 43 dias e afetou milhares de funcionários
O presidente Donald Trump sancionou a lei que encerrou o shutdown mais longo da história dos EUA, após 43 dias de paralisação.
Fim do shutdown mais longo da história dos Estados Unidos
O shutdown mais longo da história dos Estados Unidos chegou ao fim com a sanção do presidente Donald Trump, na quarta-feira (12). Após 43 dias de paralisação, a medida foi aprovada pela maioria republicana na Câmara dos Representantes, com 222 votos a favor e 209 contra. Essa crise orçamentária gerou uma série de consequências, afetando diretamente o cotidiano de milhares de cidadãos.
Impactos da paralisação governamental
A paralisação do governo forçou a demissão temporária de cerca de 670 mil funcionários, além de provocar cancelamentos de voos pelo país. O presidente Trump destacou que a situação era resultado de uma “extorsão” política, referindo-se à oposição democrata. Durante o debate prévio à votação, o líder republicano na Câmara, Mike Johnson, afirmou que os democratas eram os responsáveis pelos danos causados.
A votação e as divisões políticas
A votação no Senado, ocorrida na segunda-feira, contou com a participação de oito democratas e a oposição apenas de um republicano. Apesar de tentativas democratas de reabrir discussões sobre subsídios de saúde, os republicanos mantiveram sua posição. A aritmética parlamentar favoreceu os republicanos, que demonstraram maior unidade em contraste com os democratas, que estavam divididos entre moderados e a liderança que desejava continuar a pressão sobre o governo.
Consequências financeiras do shutdown
De acordo com o Escritório de Orçamento do Congresso, o bloqueio orçamentário causou uma perda estimada de 14 bilhões de dólares, o que equivale a R$ 74 bilhões na cotação atual. A reabertura do governo trouxe alívio para os funcionários que retornam ao trabalho, enquanto os que permaneceram em atividade receberão salários retroativos.
Debate sobre subsídios de saúde
A questão dos subsídios para a cobertura de saúde, particularmente em relação ao “Obamacare”, foi um dos pontos centrais da disputa. Os republicanos argumentam que esses auxílios devem ser restritos aos setores mais necessitados, enquanto os democratas alertam para o impacto que a retirada dos subsídios pode ter na população. O líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, e o líder da bancada democrata, Hakeem Jeffries, expressaram suas preocupações sobre a crescente inacessibilidade dos serviços de saúde.
O futuro político após o shutdown
As pesquisas indicam que a maioria da população culpa Trump e os republicanos pela paralisação, apesar da unidade do partido. O descontentamento se intensificou entre os democratas, que experimentaram vitórias recentes em eleições locais. Com a aposentadoria de figuras importantes como Nancy Pelosi, o partido enfrenta uma renovação geracional. A continuidade das tensões políticas e a necessidade de soluções eficazes para os problemas de saúde e economia permanecem em pauta, enquanto o governo retoma suas atividades.
Com informações da AFP
