Pesquisa aponta que anacondas mantiveram porte semelhante ao atual desde o Mioceno

Pesquisa revela que anacondas mantiveram tamanho equivalente ao atual há 12 milhões de anos.
Anacondas e sua evolução de tamanho no Mioceno
No último dia 1º de dezembro, um estudo publicado no Journal of Vertebrate Paleontology trouxe à luz informações fascinantes sobre a evolução das anacondas, também conhecidas como sucuris. A pesquisa, conduzida por uma equipe da University of Cambridge, analisou 183 vértebras fossilizadas de cobras encontradas na Venezuela, revelando que esses répteis alcançaram tamanhos similares aos de hoje entre 12,4 e 5,3 milhões de anos atrás, durante o Mioceno Médio ao Superior.
Tamanhos comparáveis ao longo do tempo
Os pesquisadores estimaram os comprimentos das anacondas do passado com base nas vértebras e descobriram que os espécimes do Mioceno mediam cerca de 5,3 metros, o que é equivalente ao tamanho médio das anacondas modernas. Essa descoberta é notável especialmente considerando que muitas outras espécies da época, como grandes jacarés e tartarugas gigantes de água doce, sofreram reduções de tamanho ou mesmo extinções devido a mudanças climáticas e ambientais.
Adaptação ao ambiente
As anacondas, no entanto, seguiram um caminho diferente. Apesar das adversidades climáticas, incluindo o aquecimento global, essas cobras conseguiram preservar um porte que já era considerado grande ao longo de sua evolução. A explicação para essa resistência evolutiva parece estar ligada ao seu habitat. Desde o Mioceno até os dias atuais, as anacondas têm habitado ambientes que oferecem calor, água e alimento em abundância, permitindo que mantivessem seu tamanho e longevidade ao longo de milhões de anos.
Conclusões do estudo
Os autores do estudo sugerem que a anaconda atingiu seu porte adulto característico logo após seu surgimento na América do Sul tropical, há aproximadamente 12,4 milhões de anos. Ao longo de toda sua história evolutiva, não foram encontrados indícios de variações significativas no tamanho das anacondas, o que destaca a estabilidade ecológica de seu habitat.
Implicações para a paleontologia
Essas descobertas não apenas expandem nosso entendimento sobre a evolução das anacondas, mas também oferecem insights sobre a dinâmica das espécies em resposta a mudanças ambientais. O estudo ressalta a importância de habitats estáveis na preservação das características de uma espécie ao longo do tempo, um aspecto que pode ser crucial para a conservação das anacondas e outros animais em face das mudanças climáticas atuais.




