EUA realizam novos ataques que resultam em seis mortes no Pacífico

Operação antidrogas levanta preocupações sobre ações extrajudiciais

EUA realizam novos ataques que resultam em seis mortes no Pacífico
Ataques a embarcações no Pacífico. Foto: ns aéreas do ataque no Facebook.

Seis pessoas morreram em ataques dos EUA a embarcações no Pacífico, elevando o total para 76 mortes na operação antidrogas.

No dia 10 de novembro, seis pessoas perderam a vida em ataques dos Estados Unidos contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas no Pacífico, segundo informações do secretário da Defesa, Pete Hegseth. Essa ação eleva para 76 o número total de mortes na controversa operação antidrogas conduzida pelo governo Trump em águas internacionais do Pacífico e do Caribe.

Hegseth anunciou que os ataques ocorreram no domingo, direcionados a duas embarcações que, segundo ele, transportavam narcóticos. Cada uma das embarcações tinha três pessoas a bordo, todas falecendo durante a ação. O secretário também afirmou que nenhuma força americana ficou ferida durante os incidentes.

As autoridades dos EUA, seguindo o padrão em operações anteriores, não revelaram a identidade dos falecidos, nem apresentaram provas concretas de envolvimento com o tráfico de drogas. Especialistas criticam essas operações, iniciadas em setembro no Caribe, considerando-as equivalentes a execuções extrajudiciais, mesmo quando supostamente direcionadas a traficantes.

Hegseth afirmou que as embarcações eram operadas por organizações terroristas designadas, embora não tenha especificado os grupos envolvidos. O ex-presidente Trump, em uma carta enviada ao Congresso, declarou os Estados Unidos em “conflito armado” contra os cartéis de drogas latino-americanos, justificando assim os ataques realizados.

Desde o início da operação, os EUA destruíram 19 lanchas e um submersível. Hegseth ressaltou que, sob a liderança de Trump, a missão é proteger a pátria e eliminar os terroristas dos cartéis que ameaçam o país e seu povo. Para isso, os Estados Unidos mobilizaram navios de guerra no Caribe visando combater o narcotráfico.

Entretanto, o governo da Venezuela considera que o verdadeiro objetivo da mobilização militar americana é derrubar o presidente Nicolás Maduro. A crescente tensão na região e as ações militares dos EUA levantam questões sobre a legalidade e a ética das operações realizadas em águas internacionais.

Com AFP

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