Estudo revela que a falta de dinheiro e problemas de saúde dificultam acordos de pagamento

Estudo aponta que a falta de dinheiro e problemas de saúde são obstáculos para renegociar dívidas no Brasil.
Renegociação de dívidas: um desafio crescente no Brasil
A renegociação de dívidas tornou-se um tema central na vida financeira de muitos brasileiros, especialmente em um cenário onde a falta de dinheiro se destaca como o principal obstáculo. Um estudo recente do Pagou Fácil revela que a falta de recursos financeiros é o maior desafio enfrentado por consumidores que buscam acordos para quitar suas pendências.
Principais obstáculos identificados
De acordo com a pesquisa, 50% dos entrevistados citaram a falta de dinheiro como a principal barreira na hora de renegociar dívidas. Além disso, 20% dos participantes mencionaram problemas de saúde que dificultam o pagamento de compromissos financeiros. As dificuldades relacionadas ao atendimento e questões burocráticas aparecem empatadas, com 15% cada, indicando que não apenas a situação financeira, mas também a qualidade do atendimento e a burocracia enfrentada na renegociação são fatorais importantes.
O panorama do endividamento no país
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), aponta que 30,5% das famílias brasileiras estão inadimplentes. Este índice recorde, somado ao fato de que 79,2% dos entrevistados possuem algum tipo de dívida, destaca a gravidade da situação financeira de muitas famílias no país. O estudo também revela que a percepção de endividamento extremo alcançou 16,5%, o maior nível desde agosto de 2024.
O impacto do endividamento na vida dos consumidores
Dados do Banco Central confirmam que quase metade da população brasileira está endividada, com cerca de 28% da renda média comprometida com dívidas. Apesar desse quadro desolador, a pesquisa do Pagou Fácil mostra que 89% dos entrevistados têm a intenção de quitar suas dívidas, o que demonstra uma disposição para regularizar a situação financeira. Feirões de renegociação têm se mostrado uma alternativa viável para quem busca melhores condições, incluindo descontos e prazos mais longos.
Ferramentas e recursos para organização financeira
Além dos feirões, diversas ferramentas oferecidas por bancos e plataformas de educação financeira têm auxiliado os consumidores na organização de suas contas. Serviços de proteção ao crédito, como o SPC Brasil, ajudam a planejar o futuro financeiro e a evitar a reincidência de inadimplência. Essas ferramentas não apenas orientam sobre juros e hábitos de consumo, mas também promovem a educação financeira necessária para uma gestão mais eficaz das finanças pessoais.
Benefícios de quitar as dívidas
Quitar débitos traz diversas vantagens, como a recuperação do acesso ao crédito, melhores condições para financiar bens e até mesmo a possibilidade de alugar imóveis e conquistar vagas em empresas que avaliam o histórico financeiro dos candidatos. Especialistas apontam que a regularização das pendências financeiras é um passo crucial para a estabilidade econômica e emocional dos consumidores.
O estresse da dívida e suas consequências
O acúmulo de dívidas gera um ciclo vicioso de estresse que pode afetar a saúde mental dos consumidores. Geovanni Borsetto, gerente da Paschoalotto, destaca que a pressão financeira pode levar a problemas como insônia, falta de foco e dificuldades nas relações pessoais. Momentos de vulnerabilidade, como a perda de emprego ou doenças, agravam ainda mais essa situação, tornando o processo de renegociação ainda mais difícil.
Perfil dos endividados
O levantamento revelou que 52% dos endividados no Brasil são mulheres, enquanto 48% são homens. Além disso, a maioria dos entrevistados está casada (87%), o que indica que o endividamento afeta predominantemente famílias. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia são os mais afetados, com índices de inadimplência que refletem o cenário econômico desafiador enfrentado por muitos.
A situação do endividamento no Brasil exige atenção e ações efetivas, tanto por parte dos consumidores quanto das instituições financeiras, para que se possa construir um futuro mais estável e livre de dívidas.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: Marcos Santos/USP Images




