Banco Inter projeta redução na taxa de juros em meio à paralisia do governo dos EUA

Fed deve cortar juros em 0,25 p.p. em meio ao apagão de dados, projeta o Banco Inter.
Na próxima quarta-feira (29), o Federal Open Market Committee (FOMC) deve anunciar um corte de 0,25 pontos percentuais na taxa de juros, segundo projeções do Banco Inter. Essa expectativa surge em meio a um apagão de dados oficiais devido à paralisação do governo dos EUA, que começou em 1º de outubro. A situação torna essencial a utilização de dados alternativos para entender o estado atual da economia.
Cenário econômico e dados disponíveis
André Valério, coordenador de pesquisa macroeconômica do Inter, afirma que, apesar da falta de dados oficiais, a previsão é de cortes em outubro e dezembro. A paralisia governamental aumenta os riscos de danos econômicos, o que reforça a inclinação do Fed em afrouxar a política monetária. Dados alternativos, como os da ADP, mostram uma redução líquida de 32 mil empregos em setembro, indicando uma possível tendência de queda
Impactos da paralisação do governo
Com a paralisação, apenas serviços essenciais estão em operação, o que inclui a coleta de dados cruciais. O índice de emprego temporário da American Staffing Association mostra um leve crescimento de 1,2% na contratação de trabalhadores temporários, sugerindo que a incerteza econômica pode levar as empresas a optar por esses trabalhadores até que a situação se estabilize. O Fed de Chicago, no entanto, continua a compilar algumas estatísticas, indicando uma leve variação na taxa de desemprego e um pequeno aumento nas admissões.
Inflação e crescimento do PIB
As pressões inflacionárias, impulsionadas por tarifas, continuam a ser uma preocupação. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) mostra uma reaceleração da inflação de bens, com a expectativa de que os preços possam subir acima de 3% ao ano. Apesar disso, o PIB americano demonstra resiliência, com uma projeção de crescimento de 3,9% para o terceiro trimestre, segundo estimativas do Fed de Atlanta. Valério conclui que, embora cortes adicionais sejam esperados, a necessidade de apoio monetário não parece urgente, tornando o cenário para 2026 incerto.
Notícia feita com informações do portal: www.infomoney.com.br


			
