Galípolo critica poupança e a classifica como Robin Hood às avessas

Presidente do Banco Central aponta desinformação como fator que prejudica poupadores

Galípolo critica poupança e a classifica como Robin Hood às avessas
Gabriel Galípolo durante evento. Foto: REUTERS/Adriano Machado

Gabriel Galípolo critica a caderneta de poupança, chamando-a de Robin Hood às avessas, em evento em São Paulo.

Galípolo critica a caderneta de poupança como Robin Hood às avessas

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, fez duras críticas à caderneta de poupança em um evento realizado em São Paulo, nesta quarta-feira (12). Ele descreveu o popular produto financeiro como um “Robin Hood às avessas” devido à falta de informação que afeta principalmente os poupadores com menos recursos. Galípolo explicou que aqueles que carecem de conhecimento e acesso a alternativas de investimento são os que mais dependem da poupança, o que os torna vulneráveis a uma remuneração baixa.

O impacto da desinformação nos poupadores

Durante sua fala, Galípolo enfatizou que a desinformação é um dos principais fatores que sustentam a poupança como uma opção de investimento. “É um Robin Hood às avessas. Porque a pessoa que não tem informação e acesso a outras alternativas de investimento é provavelmente a pessoa que possui menos recursos”, afirmou. Ele argumentou que a falta de alternativas mais rentáveis e acessíveis resulta em uma sub-remuneração dos poupadores, que, segundo ele, deve ser reduzida à medida que mais opções se tornem disponíveis.

Proposta de um novo modelo de financiamento

Galípolo comentou sobre a necessidade de uma reforma no modelo de financiamento que atualmente utiliza a poupança. Ele revelou que o Banco Central já está trabalhando em propostas que visam uma transição para um sistema que dependa mais da captação no mercado. Esse novo modelo, segundo o presidente, deve aumentar a sensibilidade das taxas de juros às políticas monetárias, o que poderia melhorar a efetividade dessas políticas no controle da inflação.

Desafios da política monetária

Em sua análise sobre a política monetária, Galípolo destacou que a economia brasileira está em um processo de desaceleração, com um crescimento a taxas mais lentas. Ele observou que a política monetária tem mostrado resultados, mas de forma gradual, o que é uma preocupação para a autoridade monetária. A manutenção da Selic em 15% ao ano foi uma decisão recente do Comitê de Política Monetária (Copom), que visa garantir que a inflação se mantenha próxima à meta de 3%.

Expectativas futuras e dependência de dados

O presidente do Banco Central também abordou a necessidade de depender de dados para guiar as decisões de política monetária. Ele enfatizou que a comunicação do Banco Central não deve ser interpretada como sinais claros sobre mudanças na política, mas sim como um reconhecimento da realidade econômica atual. Galípolo finalizou sua fala reiterando que o Banco Central está comprometido em agir com base em dados e na observação contínua da economia.

Fonte: www.infomoney.com.br

Fonte: REUTERS/Adriano Machado

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