Ministra de Relações Institucionais se opõe a proposta de lei antiterrorismo

Gleisi Hoffmann critica proposta de lei que visa enquadrar organizações criminosas como terroristas, alertando sobre riscos de intervenção militar dos EUA.
Em 31 de outubro de 2025, às 12:09, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), criticou a aliança de governadores de direita que busca pressionar pela aprovação de um projeto de lei (PL) para enquadrar organizações criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), como terroristas. Segundo a ministra, o grupo pretende “colocar o Brasil no radar do intervencionismo militar de Donald Trump na América Latina”.
A declaração de Gleisi faz referência aos exercícios militares promovidos pelo governo dos Estados Unidos próximo à Venezuela. “Ao invés de somar forças no combate ao crime organizado, como propõe a PEC da Segurança enviada pelo presidente Lula ao Congresso, os governadores da direita, vocalizados por Ronaldo Caiado, investem na divisão política e querem colocar o Brasil no radar do intervencionismo militar de Donald Trump na América Latina”, afirmou a ministra em uma publicação nas redes sociais.
Proposta de lei e reações
O projeto de lei defendido pela oposição estende a aplicação da lei antiterrorismo às organizações criminosas. O governo Lula se opõe à mudança, entendendo que essas facções não possuem inclinação ideológica. Nessa quinta-feira (30/10), seis chefes de governos estaduais se reuniram no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, após uma megaoperação contra o CV, que deixou 121 mortos, entre policiais e civis, para discutir a criação de um “consórcio da paz” entre os estados, buscando trocar experiências e ações para combater o crime organizado.
Participação dos governadores
Participaram do encontro os governadores: Celina Leão (PP), vice-governadora do Distrito Federal (DF); Eduardo Riedel (PP), governador do Mato Grosso do Sul (MS); Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina (SC); Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais (MG); Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás (GO); e Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo (SP), que participou de forma remota. Gleisi enfatizou que a segurança pública é uma questão crucial, que não pode ser tratada com leviandade e objetivos eleitoreiros.
Conclusão
A ministra concluiu que combater o crime exige inteligência, planejamento e soma de esforços, sem a necessidade de entregar o país a interesses externos. A crítica de Gleisi Hoffmann reflete uma preocupação com as implicações políticas e sociais da proposta de lei e a necessidade de uma abordagem unificada no enfrentamento do crime organizado.
Notícia feita com informações do portal: www.metropoles.com




