Secretário do Mapa assegura que não há novas detecções de fluazuron

Carlos Goulart, do Mapa, afirma que rumores sobre restrições são infundados e que as exportações seguem normais.
Governo brasileiro se posiciona sobre restrições da China à carne bovina
Rumores sobre restrições da China à carne bovina do Brasil foram descartados pelo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Goulart. Durante uma entrevista ao Canal Rural, Goulart afirmou que as alegações sobre uma proibição devido à presença de fluazuron são infundadas. Ele destacou que não há registros recentes da detecção dessa substância nos lotes exportados.
O secretário explicou que as discussões com as autoridades sanitárias chinesas se referem a detecções que ocorreram no início deste ano e no ano passado. Contudo, não existem novas ocorrências que justifiquem a adoção de medidas restritivas. As notícias que circularam na semana passada sobre conversas entre representantes chineses e a cadeia produtiva brasileira acabaram por gerar pressão no mercado, mas Goulart garantiu que as negociações mantêm-se alinhadas ao desempenho recente do setor.
Na terça-feira (12), a arroba do boi gordo permaneceu firme, com frigoríficos tentando reduzir os preços enquanto os produtores resistiam às pressões do mercado. Essa dinâmica mostra que, apesar das preocupações, a confiança nos negócios continua.
Contexto das negociações com a China
Em dezembro do ano anterior, a China iniciou uma investigação sobre as importações de carne bovina de diversos países, incluindo o Brasil. O objetivo é avaliar se o aumento das compras poderia ter causado prejuízos à produção local e se seriam necessárias medidas como cotas ou tarifas temporárias. Goulart informou que o Mapa, juntamente com o Itamaraty e a Secretaria de Comércio, está acompanhando de perto esse processo.
O secretário expressou otimismo quanto ao resultado dessa investigação, acreditando que as evidências mostrarão que as exportações brasileiras não afetam a economia dos produtores chineses. Dessa forma, ele descartou a possibilidade de uma suspensão iminente das exportações e reafirmou que o diálogo com a Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) continuará. O intuito é demonstrar a transparência e a segurança do sistema produtivo do Brasil.
Expectativas para o agronegócio
As expectativas em torno do agronegócio brasileiro permanecem altas, visto que o setor é um dos pilares da economia nacional. No entanto, é fundamental que a comunicação entre os países se mantenha clara e objetiva, evitando mal-entendidos que possam impactar as relações comerciais. O Mapa está comprometido em garantir que as normas e regulamentos sejam seguidos, assegurando a qualidade dos produtos exportados.
O agronegócio brasileiro, que já enfrenta desafios internos, como a questão da endividamento, precisa também se preparar para o cenário externo. A relação comercial com a China é de suma importância, considerando que o país é um dos principais importadores da carne bovina brasileira.
Além disso, Goulart lembrou que o Brasil continua a buscar novas oportunidades no mercado internacional, diversificando suas exportações e fortalecendo a imagem do país como um fornecedor confiável de produtos agropecuários.
Portanto, as expectativas são de um desfecho favorável nas negociações, com a continuidade das exportações e o fortalecimento das relações comerciais entre Brasil e China.



