Impacto ambiental e resistência das comunidades ribeirinhas marcam o projeto

Governo busca derrocar trecho do rio Tocantins para facilitar o transporte de grãos, mas enfrenta resistência de comunidades ribeirinhas e especialistas em meio ao impacto ambiental.
Em maio de 2023, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) deu sinal verde para o derrocamento do Pedral do Lourenço, no rio Tocantins. O projeto busca transformar essa área em uma via expressa para o transporte de grãos, mas enfrenta forte resistência das comunidades ribeirinhas.
Impactos nas comunidades ribeirinhas
As comunidades locais, como a de Welton de França, expressam preocupações sobre o impacto do projeto em suas atividades de pesca. Durante audiências judiciais no final de setembro, moradores relataram o medo de que o aumento do tráfego de barcaças inviabilize sua subsistência.
Questões ambientais
Pesquisadores alertam que a biodiversidade do rio também pode ser afetada pelas explosões planejadas no Pedral, que abriga espécies ameaçadas. Enquanto o Ibama toma medidas para mitigar os danos, como monitoramento de ninhos de tartarugas, o impacto ambiental do projeto permanece uma preocupação central.
O dilema do desenvolvimento
Defensores da hidrovia, incluindo autoridades estaduais, afirmam que o projeto trará um frete mais barato e limpo, mas especialistas em logística alertam que isso pode incentivar a expansão da fronteira agrícola, potencializando o desmatamento. O futuro das comunidades ribeirinhas e do ecossistema do Tocantins está em jogo, com debates previstos para a cúpula climática COP30 em Belém, em novembro.



