Uma audaciosa ação criminosa marcou uma megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira. Traficantes do Comando Vermelho utilizaram drones para lançar explosivos contra agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), a tropa de elite da Polícia Civil, numa demonstração alarmante de poder e sofisticação. Vídeos divulgados pela própria polícia registraram o momento em que os artefatos eram arremessados sobre os agentes, evidenciando a ousadia da facção.
A operação, fruto de mais de um ano de investigações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, visa desmantelar a expansão territorial do Comando Vermelho e prender cerca de 100 de seus integrantes. Para tanto, a ofensiva mobilizou um grande contingente de policiais militares e civis, incluindo unidades do Comando de Operações Especiais, delegacias especializadas e distritais, além do Departamento de Combate à Lavagem de Dinheiro e da Subsecretaria de Inteligência. Promotores do Ministério Público Estadual também acompanham de perto o desenrolar da ação.
A intervenção policial impactou imediatamente os serviços públicos na região. A Secretaria Municipal de Saúde informou a suspensão temporária do funcionamento de cinco unidades de Atenção Primária, enquanto uma clínica da família, embora aberta, cancelou as visitas domiciliares. Paralelamente, a Secretaria Municipal de Educação comunicou o fechamento de 28 escolas no Complexo do Alemão e outras 17 na Penha, somando-se ao fechamento de um colégio estadual, conforme informado pela Secretaria Estadual de Educação.
O transporte público também sofreu alterações significativas. A empresa Rio Ônibus informou que 12 linhas tiveram seus itinerários desviados preventivamente, visando garantir a segurança de rodoviários e passageiros. Dentre as linhas afetadas, destacam-se a 312 (Olaria-Candelária), 621 (Penha-Saens Peña) e 721 (Vila Cruzeiro-Cascadura), demonstrando o amplo alcance do impacto da operação na mobilidade urbana da região.
