O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, intensificou as negociações com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, em busca de um acordo que evite cortes drásticos nas emendas parlamentares. A iniciativa ocorre após o governo sofrer um duro golpe com a perda de validade da Medida Provisória (MP) que previa aumento de impostos e uma arrecadação extra de R$ 17 bilhões.
A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional se prepara para votar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026. A votação, inicialmente agendada para o dia anterior, foi adiada a pedido do próprio ministro Haddad, sinalizando a urgência e a complexidade das negociações em curso.
Diante da perda da receita estimada, Haddad sinalizou a possibilidade de um corte superior a R$ 7,5 bilhões nas emendas parlamentares, recursos destinados a projetos e obras nos estados representados por deputados e senadores. O presidente da CMO, senador Efraim Filho (União-PB), confirmou que o Poder Executivo pode propor alterações no relatório final da LDO, elaborado pelo deputado Gervásio Maia (PSB-PB), como forma de compensar o déficit.
O senador Efraim Filho aproveitou o momento para enfatizar a resistência do Congresso a novas elevações na carga tributária. “É um desejo do Congresso, que representa a sociedade, dar um recado claro: não se aguenta mais a agenda de aumento de impostos para arrecadar, arrecadar e arrecadar”, declarou o senador à Agência Senado, refletindo o clima de tensão entre o Executivo e o Legislativo sobre a política fiscal.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é o instrumento que estabelece as regras e metas para a elaboração do Orçamento do ano seguinte. Ela define as prioridades do governo, orienta a alocação de recursos e indica a meta de economia para o pagamento de dívidas, funcionando como um guia para a gestão das finanças públicas.
Fonte: http://vistapatria.com.br