Histórico de redução do desmatamento na Amazônia e Cerrado

Dados do Inpe mostram queda significativa em unidades de conservação

Histórico de redução do desmatamento na Amazônia e Cerrado
Foto: Amazônia e Cerrado têm dados históricos de redução do desmatamento

Estudo do Inpe revela que o desmatamento na Amazônia Legal atingiu o menor índice em 17 anos, com queda significativa no Cerrado.

Em 3 de novembro de 2025, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou dados que indicam uma queda significativa do desmatamento na Amazônia Legal e no Cerrado. Entre agosto de 2024 e julho de 2025, foram registrados 134 quilômetros quadrados de desmatamento em unidades de conservação federais da Amazônia, o menor índice em 17 anos. No Cerrado, a taxa foi de 31 quilômetros quadrados, o segundo menor desde a criação do Inpe em 2007.

Ações de fiscalização e resultados

Os dados são provenientes do Projeto de Desmatamento e Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes). O ICMBio executou 312 ações de fiscalização na Amazônia, contando com a participação de 1.412 agentes, resultando em mais de 1,3 mil autos de infração. No Cerrado, 91 ações foram realizadas, com 474 agentes envolvidos e mais de 400 autos de infração registrados. Comparando com 2022, a redução foi impressionante: 74% na Amazônia e 62% no Cerrado.

Impacto e metas futuras

Esses resultados demonstram a eficácia das estratégias adotadas pelo ICMBio, segundo seu presidente Mauro Pires. A queda contínua do desmatamento sugere que o Brasil pode alcançar a meta de desmatamento zero até 2030. A queda total na Amazônia foi de 11,08% em comparação ao período anterior, enquanto no Cerrado foi de 11,49%. Com esses dados, o Brasil se prepara para a 30ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, evidenciando a importância da proteção das florestas para combater a crise climática.

O caminho a seguir

Pires destacou que o sucesso é resultado da maior presença institucional na região e do fortalecimento das ações de fiscalização contra ilegalidades. Além disso, mencionou a importância da recomposição de conselhos participativos e a reativação de políticas sociais voltadas para comunidades tradicionais, além de melhorias em infraestrutura e equipamentos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *