IBP busca diálogo com CNPE sobre reinjeição de gás natural

Instituto Brasileiro de Petróleo manifesta preocupações sobre limites impostos ao setor

IBP busca diálogo com CNPE sobre reinjeição de gás natural
Tubulações de gás natural.

IBP expressa preocupação com limites à reinjeção de gás e busca diálogo com o CNPE.

O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) considera a reinjeção de gás natural uma questão fundamental para a viabilidade econômica de novos projetos. Recentemente, a entidade expressou preocupações sobre a proposta que confere ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) a competência de estabelecer limites para essa prática em novos blocos exploratórios. A proposta foi mantida na lei, gerando apreensão no setor.

A reinjeção de gás é uma decisão técnica e econômica, definida no Plano de Desenvolvimento de cada campo, aprovado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). O IBP argumenta que essa limitação pode reduzir a produção de petróleo e a recuperação das reservas, impactando diretamente a rentabilidade dos campos e, consequentemente, a arrecadação de royalties e participações especiais.

O IBP, que representa as principais empresas do setor, planeja buscar um diálogo construtivo com o CNPE e outras partes interessadas para discutir a importância da reinjeção de gás. Segundo a entidade, a manutenção do modelo atual de cálculo do Preço de Referência do petróleo é um passo positivo, pois preserva a segurança jurídica e a estabilidade regulatória necessárias para os investimentos.

Ainda sobre o veto às mudanças no cálculo dos royalties e Participações Especiais, o IBP destacou que a decisão foi acertada. A manutenção do modelo atual protege os investimentos e garante a criação de empregos, além de alinhar-se à agenda de desenvolvimento do País. O modelo demonstrou ser adaptável às mudanças de cenários, com uma previsão de aumento anual estimado de R$ 1,12 bilhão na arrecadação das participações governamentais.

A proposta que foi vetada visava introduzir a cobrança de royalties com base em cotações que incluiriam custos logísticos, como frete e seguro. Isso encareceria a produção e poderia desestimular novos investimentos no setor. O IBP considera que a reinjeção é essencial em muitos casos para a viabilidade econômica dos projetos, e a limitação imposta poderia trazer efeitos negativos para toda a indústria.

Dessa forma, o diálogo com o CNPE se torna crucial para endereçar essas questões e garantir que as decisões tomadas beneficiem todos os envolvidos, desde as empresas até a arrecadação de impostos que financiam o desenvolvimento do País.

Fonte: www.infomoney.com.br

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