Indenização de R$ 2 milhões para família de cruzeirense após emboscada

Mancha Alviverde assume responsabilidade e firmou acordo com o Ministério Público

Indenização de R$ 2 milhões para família de cruzeirense após emboscada
Mancha Alviverde firmou acordo com o MP após emboscada. Foto: Agência

A Mancha Alviverde terá que indenizar a família de um torcedor cruzeirense morto em emboscada em 2024.

Acordo entre a Mancha Alviverde e o Ministério Público

Na última semana, a torcida organizada Mancha Alviverde, através de seu presidente, André Guerra Ribeiro, firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público de Mairiporã (SP). A torcida assumiu a responsabilidade civil pela emboscada que ocorreu em 2024, que resultou em fatalidades entre torcedores do Cruzeiro. O evento trágico aconteceu na Rodovia Fernão Dias, quando torcedores cruzeirenses voltavam de um jogo.

Detalhes da indenização

O valor total da indenização estipulado no TAC é de R$ 2 milhões, a serem pagos em parcelas ao longo de 60 meses. Dentre os valores, R$ 1 milhão será destinado aos herdeiros de José Victor Miranda, um torcedor cruzeirense que perdeu a vida na emboscada. Além disso, R$ 200 mil serão pagos à empresa proprietária do ônibus incendiado durante o ataque, e R$ 250 mil ao Fundo Municipal de Segurança de Mairiporã. As demais vítimas da emboscada, que sofreram lesões, também receberão compensações, com valores variando de até R$ 80 mil para lesões graves a até R$ 20 mil para lesões leves.

Compromissos da torcida

O acordo também impõe à Mancha Alviverde a obrigação de manter um cadastro atualizado de todos os seus associados. Essa lista deve conter informações como nome completo, CPF, telefone celular e registro fotográfico de cada membro, que deve ser enviada semestralmente à Federação Paulista de Futebol (FPF) e à Promotoria de Mairiporã. Além disso, a torcida deve informar a Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal sobre todos os seus deslocamentos e comboios para jogos e atividades.

Regras adicionais e retorno aos estádios

A torcida não poderá mais se envolver em episódios de violência e deve punir quaisquer membros que participem de atividades ilícitas. Apesar de assumir a autoria do ato, a Mancha Alviverde está liberada para retornar aos estádios, desde que cumpra as obrigações impostas pelo TAC. É importante ressaltar que o termo não impede que o Ministério Público de São Paulo processe os indivíduos envolvidos na esfera criminal.

Processo criminal em andamento

No final de setembro, a Justiça de Mairiporã decidiu levar a júri popular 20 acusados pelos crimes de homicídio, sendo que 15 deles também são acusados de tentativas de homicídio, incêndio e tumulto esportivo. Dentre os denunciados, 16 permanecem presos e quatro estão foragidos. O julgamento ainda não tem data definida.

Contexto do incidente

O incidente que resultou na emboscada ocorreu em outubro de 2024, quando torcedores organizados do Palmeiras atacaram integrantes da torcida do Cruzeiro na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã. O ataque foi brutal, utilizando pedaços de pau, pedras, barras de ferro e rojões. A investigação revelou que a Mancha Alviverde buscava vingança contra a Máfia Azul, devido a uma briga ocorrida em 2022 em Minas Gerais. Durante a emboscada, 17 torcedores ficaram feridos e um ônibus foi incendiado, resultando na morte do motoboy José Victor Miranda, de 30 anos, que era morador de Sete Lagoas (MG).

Fonte: esporte.ig.com.br

Fonte: Agência

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