Conferência das Nações Unidas reúne líderes para discutir financiamento e metas climáticas

COP30 em Belém começa com expectativas de financiamento e desafios logísticos.
Com a COP30 em Belém (PA) iniciando nesta segunda-feira (10/11), líderes mundiais se reúnem para discutir estratégias e compromissos para enfrentar as mudanças climáticas. O evento, que segue até o dia 21/11, tem como principal objetivo avançar em mecanismos de financiamento climático, um tema que já foi abordado na recente Cúpula do Clima. A conferência enfrenta o desafio de superar os problemas logísticos e estruturais que marcaram o evento anterior.
A COP30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, busca dar continuidade ao Acordo de Paris, que visa limitar o aumento da temperatura global a 1,5° C. Durante a conferência, os países participantes devem apresentar e discutir suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), que são compromissos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e se adaptar aos impactos das mudanças climáticas.
O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, enfatizou a necessidade de que todas as nações apresentem suas metas climáticas. O alerta é especialmente direcionado a países como a China, que, segundo Corrêa, não demonstraram ambição suficiente em suas metas. A expectativa é que esses países tragam atualizações durante a conferência.
Entre os líderes presentes, destacam-se a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O evento também contará com a presença de representantes de diversas nações, todos convergindo para a necessidade de um compromisso coletivo em relação às mudanças climáticas. O foco na COP30 é claro: alcançar um financiamento climático de US$ 1,3 trilhão até 2035, uma meta estabelecida na COP de Baku, no Azerbaijão.
O Brasil apresenta a COP30 como “a COP da verdade”, um espaço onde serão discutidos mecanismos para garantir o financiamento necessário para a conservação dos biomas e a mitigação das mudanças climáticas. O Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), criado pelo presidente Lula na Cúpula do Clima, é uma das iniciativas que visa recompensar os países em desenvolvimento que preservarem seus biomas. O TFFF já arrecadou US$ 5,5 bilhões, com promessas de financiamento significativas de países como Noruega e França.
No entanto, a conferência enfrenta desafios logísticos que devem ser superados em relação ao evento anterior, que foi marcado por problemas técnicos e estruturais. A execução da COP30 deve evitar as falhas que ocorreram na Cúpula dos Líderes, onde houve relatos de obras inacabadas e serviços inadequados. A equipe técnica do evento trabalhou para resolver as questões, mas ainda existem áreas que precisam de ajustes e melhorias para garantir que a conferência transcorra sem problemas.
Além dos problemas estruturais, a COP30 deve abordar questões importantes como a taxação de grandes fortunas e a geração de recursos para o financiamento climático. Um documento da conferência sugere que esses temas sejam discutidos, visando garantir que os países em desenvolvimento possam acessar recursos sem comprometer sua saúde fiscal.
Outro ponto em pauta é o Compromisso de Belém pelos Combustíveis Sustentáveis, que busca quadruplicar a produção e uso de combustíveis sustentáveis até 2035. No entanto, a resistência da União Europeia pode dificultar a aprovação de propostas nesse sentido.
À medida que a COP30 avança, a expectativa é que os líderes globais consigam superar os desafios logísticos e estabelecer compromissos concretos para enfrentar as mudanças climáticas de forma eficaz, garantindo um futuro sustentável para as próximas gerações.
Notícia feita com informações do portal: www.metropoles.com




