Inteligência artificial detecta câncer de pele com precisão inédita

Novo sistema combina imagem e dados clínicos para identificar melanoma

Inteligência artificial detecta câncer de pele com precisão inédita
A IA demonstra alta precisão na detecção de melanoma. Foto: Olhar Digital — Foto: Logotipo Olhar Digital

Um novo sistema de IA consegue identificar melanoma com 94,5% de precisão, integrando dados clínicos e imagens.

Inteligência artificial transforma a detecção de melanoma

Um novo sistema de inteligência artificial (IA) desenvolvido por pesquisadores da Universidade Nacional de Incheon, na Coreia do Sul, em parceria com instituições do Reino Unido e do Canadá, está revolucionando a detecção do melanoma, o câncer de pele mais agressivo. A tecnologia, que combina imagens dermatoscópicas e dados clínicos, alcançou uma precisão de 94,5% nos diagnósticos. Essa inovação abre portas para diagnósticos mais rápidos e acessíveis, uma necessidade urgente no campo da dermatologia.

A importância da detecção precoce do melanoma

O melanoma é um dos tipos de câncer de pele mais difíceis de identificar apenas pela aparência. Lesões que parecem benignas podem ser enganosas, levando a diagnósticos tardios. Quando detectado na fase inicial, o melanoma pode ser removido com uma cirurgia simples, resultando em taxas de sobrevivência superiores a 95%. Por outro lado, diagnósticos atrasados podem levar a metástases, tornando o tratamento mais agressivo e reduzindo significativamente as chances de sobrevivência.

Como a nova IA funciona

O sistema utiliza um dos maiores bancos públicos de imagens dermatoscópicas, o SIIM-ISIC, que contém mais de 33 mil fotos de lesões, cada uma acompanhada de metadados clínicos. A IA emprega duas redes neurais convolucionais: uma para analisar padrões visuais nas imagens e outra para avaliar dados clínicos como idade, sexo e localização da lesão. A fusão dessas informações gera uma representação mais rica, aumentando a precisão na classificação das lesões.

Resultados promissores

Nos testes, a abordagem multimodal, que combina dados visuais e clínicos, superou modelos tradicionais, como ResNet-50 e EfficientNet, com um F1-score de 0,94. Os resultados foram publicados na revista Information Fusion, destacando a eficácia da integração de diferentes tipos de dados nas decisões clínicas.

Aplicações práticas e o futuro da dermatologia

Os pesquisadores ressaltam a importância de entender quais variáveis influenciam o diagnóstico, facilitando a confiança dos médicos no modelo. Essa transparência pode impulsionar o desenvolvimento de aplicativos de triagem, plataformas de teledermatologia e ferramentas de apoio para dermatologistas, especialmente em áreas com escassez de especialistas. O uso eficaz dessa tecnologia pode resultar em diagnósticos mais ágeis e precisos, melhorando as taxas de sobrevivência do melanoma e proporcionando um avanço significativo na medicina.

Conclusão

A nova inteligência artificial não apenas melhora a detecção do melanoma, mas também pode transformar o atendimento dermatológico, tornando-o mais acessível e eficaz. Com a possibilidade de diagnósticos mais rápidos e precisos, a IA representa um grande avanço na luta contra o câncer de pele.

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