Índice de preços ao consumidor aponta aumento, com passagens aéreas como principal responsável pela elevação

O IPCA-15 teve alta de 0,20% em novembro, com passagens aéreas como principal fator de aumento.
IPCA-15 apresenta aumento de 0,20% em novembro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou um aumento de 0,20% em novembro, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (26). Esse crescimento se apresenta como um leve avanço em relação ao mês anterior, que teve uma alta de 0,18%. Esse resultado superou a mediana das expectativas de analistas, que previam um novo aumento de 0,18%.
Principais fatores que influenciaram a alta do IPCA-15
Entre os principais fatores que impactaram o índice, destacam-se as passagens aéreas, que dispararam 11,87%, resultando na maior contribuição individual para a alta do IPCA-15. Além disso, as Despesas pessoais apresentaram a maior variação do mês, com um aumento de 0,85%, impulsionadas por altas em hospedagem e pacotes turísticos, que contribuíram com 0,03 e 0,02 pontos percentuais, respectivamente.
No acumulado do ano, o IPCA-15 mostra uma alta de 4,15%, enquanto nos últimos 12 meses o aumento é de 4,50%. Este último índice está abaixo dos 4,94% observados no mesmo período do ano anterior, sinalizando uma desaceleração na inflação.
Convergência para a meta de inflação
Este é o primeiro momento desde janeiro que a inflação em 12 meses se aproxima da meta estabelecida, que é de até 4,50%, levando em conta a tolerância de 1,5 ponto percentual. O ambiente econômico tem se mostrado favorável, refletindo as políticas implementadas e a recuperação gradual do mercado.
Análise das variações setoriais
O grupo Saúde e cuidados pessoais foi outro a contribuir significativamente, apresentando uma variação de 0,04 pontos percentuais, impulsionado principalmente pelo aumento nos planos de saúde, que cresceu 0,50%. Já no setor de Transportes, as passagens aéreas foram novamente o destaque, contribuindo com 0,08 pontos percentuais, enquanto os combustíveis apresentaram um recuo de 0,46%, com reduções nos preços de etanol, gasolina e diesel.
A alimentação e bebidas, por sua vez, voltou a subir 0,09% após cinco meses de retração, contribuindo com 0,02 pontos percentuais. O comportamento dos preços de itens alimentícios variados mostra uma recuperação em algumas categorias, com aumentos em produtos como batata inglesa, óleo de soja e carnes.
Desempenho regional do IPCA-15
Entre as regiões analisadas, a maioria apresentou alta, com Belém registrando a maior variação de 0,67%, impulsionada pelo aumento nas hospedagens e passagens aéreas. Por outro lado, Belo Horizonte teve uma leve queda de 0,05%, influenciada por reduções nos preços da gasolina e frutas. Essa discrepância regional demonstra a diversidade na recuperação econômica e as distintas pressões inflacionárias.
Conclusões
Com a alta do IPCA-15, o cenário atual reflete um momento de ajuste nas políticas econômicas e no comportamento do consumidor, que começa a sentir os efeitos das medidas adotadas. A expectativa é que este movimento continue, ajudando a estabilizar a economia nos próximos meses.
Fonte: www.infomoney.com.br
Fonte: Carla Carniel)




