Exército israelense justifica ação alegando ameaça

Dois palestinos foram mortos em Rafah, segundo informações do Ministério da Saúde; Exército israelense afirma que as vítimas representavam uma ameaça.
Nesta segunda-feira (3), o Exército de Israel confirmou a morte de dois habitantes da Faixa de Gaza no bairro de Shakoush, em Rafah. Segundo informações do Ministério da Saúde do enclave, as vítimas estavam em busca de lenha quando foram atacadas. O Exército alegou que as vítimas representavam uma ameaça por terem cruzado a Linha Amarela, que isola cidades palestinas, e se deslocado em direção às tropas no sul da Gaza.
Ataques e justificativas
O Exército israelense relatou que as tropas realizaram ataques ‘por ar e terra’ para neutralizar a suposta ameaça. Neste contexto, vários civis também ficaram feridos por disparos realizados pelo Exército a leste do campo de refugiados de Al Bureij. Somente neste mês, mais de 236 palestinos foram mortos por fogo israelense, a maioria civis, desde o início do cessar-fogo em 10 de outubro. Além disso, o número de feridos na região aumentou significativamente, totalizando 170.670 desde o início das hostilidades em 7 de outubro de 2023.
O impacto do cessar-fogo
Apesar do cessar-fogo, Israel feriu aproximadamente 600 pessoas nas últimas três semanas. A Linha Amarela, que divide áreas de controle, impede que os habitantes de Gaza se aproximem de zonas isoladas, representando cerca de 53% da extensão do enclave. Isso gera um clima de insegurança e desespero, onde qualquer movimento pode resultar em ataque militar.
Situação humanitária
Além das mortes confirmadas, foram recuperados 502 cadáveres sob os escombros durante o cessar-fogo, com estimativas sugerindo que milhares ainda permanecem sepultados. A situação humanitária na Faixa de Gaza continua crítica, exigindo atenção internacional e soluções urgentes para a paz e segurança na região.
