A Itaipu Binacional se prepara para apresentar na COP30, em Belém, sua expertise de mais de 40 anos na regeneração da Mata Atlântica. A empresa, que atua na região de fronteira entre Brasil e Paraguai, demonstrará como suas ações contribuem para a preservação de um bioma crucial para a biodiversidade e o equilíbrio climático.
Atualmente, a Itaipu protege mais de 100 mil hectares de Mata Atlântica, em ambos os lados da fronteira. Essa área, reconhecida pela UNESCO como núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, é um testemunho do compromisso da empresa com a conservação ambiental. No Brasil, a área preservada alcança 40 mil hectares, em sua maioria resultante de ações de recuperação.
“Quando da implantação da Itaipu, grande parte do território brasileiro já era ocupada pela agropecuária. Por isso, foi necessário um trabalho gradual de restauração da cobertura florestal para se atingir o resultado esperado: a formação de um cinturão verde para proteção do reservatório”, explica a engenheira florestal Veridiana da Costa Pereira, gerente da Divisão de Áreas Protegidas da Itaipu.
Desde 1979, a Itaipu plantou mais de 24 milhões de árvores na faixa de proteção do reservatório e em outras áreas protegidas. Este esforço contínuo resultou em um dos mais longos processos de restauração do país. Além disso, um estudo premiado pelo MapBiomas, realizado em parceria com a Universidade Federal do ABC e o Itaipu Parquetec, revelou a restauração de 73 mil hectares na bacia do rio Paraná Parte 3, no oeste paranaense.
Para impulsionar esse trabalho, a empresa mantém viveiros de produção de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica. No Refúgio Biológico Bela Vista, em Foz do Iguaçu, são produzidas cerca de 350 mil mudas por ano, utilizadas na manutenção das áreas protegidas e doadas para plantio em municípios do Paraná e Mato Grosso do Sul.
De acordo com Veridiana, as áreas protegidas da Itaipu funcionam como uma infraestrutura verde que protege o reservatório do assoreamento, prolongando sua vida útil, estimada em 194 anos. “Mais do que a conservação da Mata Atlântica, as áreas protegidas da Itaipu geram serviços ecossistêmicos que beneficiam as comunidades rurais e urbanas do Paraná e do Mato Grosso do Sul”, complementa a engenheira.
O diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, destaca a importância da experiência ambiental da binacional no contexto das mudanças climáticas. “Essa infraestrutura verde que Itaipu construiu comprova o nexo entre preservação das florestas e a conservação dos recursos hídricos”, afirma Verri. “Toda a pesquisa e monitoramento que a empresa faz demonstra que a biodiversidade contribui para a conservação da água e, portanto, para ter mais resiliência à mudança do clima”.
A participação da Itaipu na COP30 reforça o papel da empresa como protagonista na conservação da biodiversidade e no enfrentamento das mudanças climáticas. A experiência da binacional oferece importantes lições e soluções para a recuperação de ecossistemas em larga escala, em linha com a estratégia brasileira de eliminar o desmatamento até 2030 e regenerar 12 milhões de hectares de vegetação nativa.
Fonte: http://ric.com.br