O longo caminho por justiça para as vítimas do rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais, alcança um novo e crucial capítulo. A ação judicial movida contra a BHP Billiton, mineradora anglo-australiana corresponsável pela tragédia, será julgada em Londres ainda este mês, marcando um momento decisivo na busca por reparação.
O caso, que reúne milhares de atingidos, busca responsabilizar a empresa pelos danos ambientais, sociais e econômicos causados pelo desastre de 2015. A expectativa é que o julgamento estabeleça um precedente importante para casos de desastres corporativos transnacionais. A dimensão da tragédia, que resultou na morte de 19 pessoas e devastou comunidades inteiras, ecoa no sistema judiciário internacional.
A escolha de Londres como palco do julgamento reflete a complexidade jurídica do caso e a jurisdição sob a qual a BHP Billiton opera. De acordo com advogados que representam os demandantes, “a ação busca garantir que a empresa seja responsabilizada de forma justa e que as vítimas recebam a compensação adequada pelos seus sofrimentos e perdas”.
A decisão da justiça britânica poderá influenciar futuras ações relacionadas a desastres ambientais envolvendo corporações multinacionais. O resultado do julgamento é aguardado com grande expectativa pelas vítimas, por organizações de direitos humanos e pela comunidade jurídica internacional, representando um marco na busca por justiça e reparação em casos de desastres corporativos.
Fonte: http://diariodopoder.com.br