Presidente destaca importância da negociação, mas ressalta que ainda há muito a conquistar
Lula celebra a redução das tarifas dos EUA, mas afirma que ainda há muito a ser feito.
Lula destaca a importância da redução de tarifas para produtos brasileiros
No dia 20 de novembro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciou sobre a recente decisão do governo dos Estados Unidos de reduzir a tarifa de 40% aplicada a alguns produtos agrícolas brasileiros, como carne bovina, café e cacau. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Lula agradeceu ao governo americano pela medida, mas enfatizou que “não é tudo que o Brasil quer, não é tudo que o Brasil precisa, mas é importante”.
Produtos ainda tarifados e desafios pela frente
Apesar da redução, a tarifa de 40% ainda se aplica a uma variedade de produtos, incluindo máquinas agrícolas, veículos, autopeças, aço e derivados siderúrgicos, produtos químicos e têxteis. Em sua fala, Lula destacou que o diálogo com a Casa Branca, reestabelecido após uma conversa telefônica com o ex-presidente Donald Trump, é um passo positivo, mas que ainda existem muitos desafios pela frente.
Repercussão das negociações
O governo Trump havia considerado que houve “progresso inicial” nas negociações com o Brasil. As tarifas foram adotadas sob a justificativa de que as políticas brasileiras representavam uma “ameaça incomum e extraordinária” à segurança e aos interesses econômicos dos EUA. Com a nova ordem, produtos que chegarem aos Estados Unidos a partir de 13 de novembro estão isentos da tarifa.
A visão dos ministros
No vídeo, gravado no Salão do Automóvel em São Paulo, Lula estava acompanhado dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Indústria, Geraldo Alckmin. Alckmin declarou que a retirada das tarifas representa “avanços, emprego, desenvolvimento e mais comércio exterior”. Haddad, por sua vez, ressaltou que a iniciativa de Lula fez o “bom senso prevalecer” e destacou a importância de fortalecer as cadeias produtivas entre os dois países.
Contexto das tarifas e possíveis ajustes
Em abril de 2025, o Brasil já havia enfrentado um tarifaço global de 10%. Após a defesa pública do ex-presidente Jair Bolsonaro por Trump, o aumento das tarifas sobre exportações brasileiras foi ameaçado. As tarifas de 40% foram implementadas em agosto de 2025 e, mesmo com a redução de algumas alíquotas, a maioria dos produtos ainda permanece sujeita a essas taxas. O governo Trump deixou claro que a situação de emergência ainda está em vigor, permitindo novos ajustes tarifários se as exigências dos EUA não forem atendidas pelo Brasil.
Produtos agrícolas beneficiados
Entre os produtos que foram excluídos da tarifa de 40% estão: carne bovina, vegetais como tomates e chuchus, frutas como banana e abacaxi, sucos de frutas, café, cacau e fertilizantes. A lista também inclui uma gama extensa de minérios e artigos relacionados a peças de aeronaves. Essa flexibilização, no entanto, não garante a isenção permanente, já que o governo dos EUA mantém o poder de monitorar e recomendar novas medidas.
Conclusão
A redução das tarifas representa um avanço nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, mas Lula e seus ministros reconhecem que ainda há um longo caminho a percorrer. As negociações continuarão a ser uma prioridade para o governo brasileiro, que busca fortalecer o comércio exterior e expandir as oportunidades de desenvolvimento econômico.
Fonte: www.metropoles.com
