Presidente busca incentivar pesquisa e desenvolvimento do setor
Na quinta-feira (30), Lula se reuniu com líderes do setor para discutir os biocombustíveis na pauta exportadora do Brasil.
Na quinta-feira (30), em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o CEO da Be8, Erasmo Carlos Battistella, e o presidente da Mercedes-Benz do Brasil, Denis Güven, para discutir a inclusão dos biocombustíveis na pauta exportadora do Brasil. O encontro ocorreu no Palácio do Planalto e teve como foco o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento do setor.
Durante a reunião, Lula foi apresentado aos caminhões e ônibus da Rota Sustentável COP30, que utilizam o biocombustível Be8 BeVant, prometendo uma redução de até 99% nas emissões de gases de efeito estufa em comparação ao diesel fóssil. O objetivo é testar o novo biocombustível da Be8 nos veículos da Mercedes-Benz, com outros dois veículos funcionando com diesel B15 para comparação. Esses veículos iniciaram uma viagem de Passo Fundo (RS) a Belém (PA), onde ocorrerá a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) em novembro, totalizando cerca de 4 mil quilômetros.
Propostas e desafios
Battistella pediu o apoio de Lula e do MDIC para colocar os biocombustíveis na pauta de exportação. “Isso é uma solução imediata de descarbonização”, afirmou. Lula sugeriu que os testes sejam realizados com veículos da Mercedes-Benz na Alemanha para avaliar a redução de gases de efeito estufa. O presidente ressaltou que o Brasil possui potencial agrícola e capacidades industriais para desenvolver tecnologias como o BeVant. “A transição energética que o mundo sonha não é tão difícil”, disse Lula, enfatizando a necessidade de vontade política.
Questões sobre combustíveis fósseis
Lula também abordou a complexidade de abandonar combustíveis fósseis rapidamente, mencionando a controvérsia sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial, considerada uma nova área do pré-sal. Neste mês, a Petrobras recebeu licença do Ibama para iniciar pesquisa exploratória na região. Ele ressaltou a importância de conduzir essas pesquisas com responsabilidade ambiental, afirmando que o Brasil deve ser um exemplo na transição energética e continuará utilizando petróleo enquanto necessário.
