Em um dia de feriado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o advogado-geral da União, Jorge Messias, no Palácio da Alvorada. A expectativa é que Messias seja o nome escolhido para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), aberta com a aposentadoria de Luís Roberto Barroso. Segundo fontes, o anúncio oficial da indicação pode ocorrer ainda nesta quinta-feira.
A escolha do novo ministro do STF tem sido acompanhada de perto, marcada por tensões e diferentes influências. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, já havia sinalizado a preferência de Lula por Jorge Messias. Contudo, outras figuras políticas defendiam nomes alternativos para a vaga.
Davi Alcolumbre, presidente do Senado, defendia a indicação do senador Rodrigo Pacheco. A disputa nos bastidores evidencia a importância estratégica da nomeação para o STF e o impacto que ela pode ter no cenário político e jurídico do país. A aprovação do nome indicado não é garantida e depende de articulações no Senado.
Após a formalização da indicação, Jorge Messias terá que passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Em seguida, a nomeação será submetida à votação no plenário da Casa, onde precisa obter maioria absoluta, ou seja, pelo menos 41 votos favoráveis. O processo pode ser demorado, como demonstrado em indicações anteriores.
Apesar da pressão de setores do PT e de movimentos sociais para que uma mulher fosse nomeada para o STF, Lula parece decidido a indicar Messias. A escolha final do presidente demonstra a complexidade das decisões políticas e o peso dos diferentes interesses em jogo na definição dos rumos do Judiciário brasileiro.
Fonte: http://jovempan.com.br

