O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que proíbe o uso da linguagem neutra em documentos e comunicações oficiais de órgãos e entidades da administração pública. A medida, publicada no Diário Oficial da União, visa padronizar a comunicação governamental e garantir a clareza das informações. A nova lei está gerando debates acalorados sobre inclusão e acessibilidade na linguagem.
Com a sanção, fica instituída a Política Nacional de Linguagem Simples, que busca facilitar o acesso dos cidadãos às informações governamentais. A lei determina que não sejam utilizadas “novas formas de flexão de gêneros” que contrariem as normas gramaticais estabelecidas no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp) e no Acordo Ortográfico.
A Política Nacional de Linguagem Simples tem como objetivo principal tornar a comunicação da administração pública mais acessível e compreensível. Entre as diretrizes estabelecidas, destacam-se a simplificação da linguagem utilizada, a redução da necessidade de intermediários na comunicação com o cidadão, a diminuição de tempo e custos em atendimentos, e a garantia de acessibilidade para pessoas com deficiência.
A linguagem neutra, que busca evitar marcas de gênero nas palavras, utilizando termos que incluam todas as pessoas, independentemente de sua identificação de gênero, tem sido tema de discussões em diversos setores da sociedade. Um exemplo de uso da linguagem neutra seria o emprego de flexões alternativas como “todes” ou “todus”.
Embora a linguagem neutra tenha ganhado espaço em movimentos sociais e em ambientes online, a nova lei reforça a importância do uso da norma culta da língua portuguesa nos documentos oficiais. A medida tem gerado reações diversas, com defensores da inclusão argumentando que a proibição limita a representatividade e o reconhecimento de diferentes identidades de gênero.
Fonte: http://ric.com.br
