Três perguntas do exame foram anuladas após um universitário expor itens semelhantes em uma live

O MEC decidiu anular três questões do Enem 2025 após suspeitas de vazamento de conteúdo.
O Ministério da Educação (MEC) decidiu anular três questões do Enem 2025, em decorrência de um possível vazamento de conteúdo. A medida foi anunciada após um universitário ter apresentado itens semelhantes durante uma live no dia 11 de novembro. A transmissão levantou preocupações sobre a integridade do exame realizado no último domingo, 16 de novembro.
Segundo comunicado do MEC, o estudante Edcley de Souza expôs uma questão de Biologia que continha quatro alternativas idênticas às da prova oficial. O ministério informou que há indícios de que perguntas dos pré-testes do Inep, usados para calibrar futuras edições do exame, foram utilizadas de maneira indevida em um curso preparatório online.
A nota oficial do MEC esclarece que, embora nenhuma questão tenha sido divulgada na íntegra, foram identificadas similaridades pontuais entre os itens apresentados na live e aqueles que compuseram o exame. Para apurar os fatos, a Polícia Federal foi acionada, visando investigar a conduta do estudante e a possível quebra de confidencialidade.
A comissão responsável pela elaboração do Enem ressaltou que todos os protocolos de segurança foram respeitados e que a Teoria de Resposta ao Item (TRI) é a base utilizada para a aplicação do exame, exigindo pré-testes sigilosos. O episódio será investigado em profundidade para garantir que a integridade do exame seja mantida.
A repercussão da live
Após a transmissão que durou seis horas, muitos estudantes começaram a questionar nas redes sociais se houve realmente um vazamento. Prints e relatos circulados na internet indicam que o universitário pode ter tido acesso a questões sigilosas, levando a um crescente desconforto entre os candidatos ao Enem.
Edcley defende que sua abordagem foi uma forma de engenharia reversa, uma técnica que consiste em resolver questões antes de estudar a teoria, e não um ato de plágio. Ele se posicionou nas redes sociais afirmando que sua intenção era democratizar a educação, embora tenha enfrentado críticas de professores que o acusaram de fraude.
A resposta do MEC
O MEC reafirmou que está comprometido com a transparência e a lisura do exame, e que a investigação da Polícia Federal é um passo importante para esclarecer a situação. A instituição também alertou sobre a seriedade da quebra de confidencialidade e as consequências legais que podem advir dessa prática.
A decisão de anular as questões demonstra a seriedade com que o MEC trata a integridade do Enem, um exame fundamental para acesso ao ensino superior no Brasil. A situação ainda está em desenvolvimento, e novas informações devem surgir à medida que as investigações avançam.
Fonte: www.metropoles.com



