Gigantes da tecnologia investem em alternativas para GPUs, intensificando a corrida por inovações no setor

A crescente demanda por chips de IA leva empresas como Google e Amazon a desenvolver alternativas às GPUs da Nvidia.
A corrida por chips e o domínio da Nvidia
A corrida por chips se intensifica, com a Nvidia, em 21 de novembro de 2025, surpreendendo o mercado ao reportar lucros impressionantes impulsionados pela crescente demanda por suas GPUs, que são fundamentais para cargas de trabalho de inteligência artificial. Enquanto a Nvidia continua a quebrar recordes, outras gigantes da tecnologia, como Google e Amazon, estão investindo em alternativas para competir diretamente com as GPUs de alto custo.
Inovações em chips: ASICs e FPGAs em destaque
Empresas como Google, Amazon e OpenAI vêm desenvolvendo seus próprios chips, buscando opções menores e mais baratas, com o objetivo de se tornarem menos dependentes das GPUs da Nvidia. Daniel Newman, do Futurum Group, afirma que essa nova categoria deve crescer ainda mais rápido do que o mercado de GPUs nos próximos anos. Além dos ASICs, que são projetados para tarefas específicas e oferecem maior eficiência, também há um aumento na utilização de FPGAs, chips reconfiguráveis que são usados em diversas aplicações, incluindo redes e processamento de sinais.
O impacto das GPUs no mercado de IA
Historicamente, as GPUs foram criadas para jogos, mas sua versatilidade na execução de modelos de IA fez com que a Nvidia se tornasse uma líder de mercado. No ano passado, cerca de 6 milhões de GPUs da linha Blackwell foram vendidas, e a transformação do uso dessas placas começou em 2012, quando contribuíram para o desenvolvimento da AlexNet, um marco na evolução da IA moderna. Atualmente, GPUs são fundamentais em data centers, onde atuam em conjunto com CPUs para realizar tarefas de treinamento e inferência.
Concorrência e evolução das tecnologias de chips
A Nvidia e a AMD dominam o mercado de GPUs, sustentadas por ecossistemas de software distintos, sendo o CUDA da Nvidia um exemplo. A demanda por GPUs é tão alta que racks com 72 unidades podem ultrapassar US$ 3 milhões, com a Nvidia enviando cerca de mil unidades por semana. No entanto, a competição está se intensificando, com empresas como o Google, que iniciou essa corrida em 2015 com suas TPUs, agora na sétima geração, planejando treinar modelos como o Claude da Anthropic usando até 1 milhão desses chips.
A expansão da competição global
A Amazon também se juntou à corrida com seus chips Inferentia e Trainium, enquanto empresas como Broadcom e Marvell se tornaram peças-chave no design dessas soluções. A tendência não se limita a essas empresas, com a Microsoft já operando seu chip Maia 100 em data centers. Além disso, a Intel, Qualcomm, Tesla, Cerebras e Groq estão todas competindo com soluções personalizadas. Na China, gigantes como Huawei, ByteDance e Alibaba tentam acelerar seus próprios projetos, apesar das restrições de exportação que enfrentam.
O futuro do mercado de chips
O cenário é dinâmico e em rápida evolução. A Nvidia, embora ainda em crescimento, agora enfrenta concorrência real em praticamente todas as frentes do hardware de IA. Com a crescente demanda por soluções mais eficientes e acessíveis, a corrida por chips promete se intensificar ainda mais nos próximos anos, moldando o futuro da tecnologia e da inteligência artificial.




