Mercado de trabalho resiliente: queda no tempo médio de desemprego e aumento de renda

Dados da Pnad Contínua revelam melhorias no cenário de emprego no Brasil

Mercado de trabalho resiliente: queda no tempo médio de desemprego e aumento de renda
Carteira de trabalho digital (Foto: Divulgação/EBC)

Resultados da Pnad Contínua mostram queda no tempo de desemprego e aumento na renda média dos brasileiros.

Tempo médio de desemprego reduzido no Brasil

A Pnad Contínua revelou que o tempo médio de desemprego sofreu uma queda significativa no terceiro trimestre de 2025, com uma diminuição de 14,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse dado é um reflexo de um mercado de trabalho que continua a mostrar resiliência, apesar de sinais de desaceleração econômica. A taxa de desemprego, por sua vez, fixou-se em 5,6%, a menor desde o início da série histórica em 2012.

Aumento no rendimento médio real

O rendimento médio real dos trabalhadores também apresentou um crescimento considerável, alcançando R$ 3.507 no último trimestre. Esse valor representa um aumento de 4% em relação ao mesmo período do ano passado, evidenciando que as empresas estão dispostas a oferecer salários mais altos para atrair e reter talentos.

Expectativas para o mercado de trabalho

Janaína Feijó, pesquisadora do FGV Ibre, destaca que mesmo com a taxa de juros em 15%, o esperado era uma desaceleração mais acentuada do mercado de trabalho, o que não se concretizou. O aumento nos pedidos de demissão voluntária sugere que muitos trabalhadores estão encontrando melhores oportunidades, reforçando a ideia de que o mercado ainda está aquecido.

Estabilidade na taxa de participação

A taxa de participação na força de trabalho, que mede a proporção de pessoas em idade ativa que estão empregadas ou buscando emprego, manteve-se estável em 62,2%. Essa leve queda em relação ao trimestre anterior (62,4%) não altera a impressão de um mercado dinâmico, mas indica uma necessidade de atenção às condições econômicas que podem influenciar essa métrica.

Cenário futuro para 2026

Para o futuro próximo, as expectativas são de que a atividade econômica desacelere, refletindo na dinâmica do mercado de trabalho. Apesar disso, Feijó enfatiza que essa desaceleração não significa destruição de empregos, mas uma adaptação às novas condições econômicas. O cenário para 2026 permanece incerto, dependendo de ações na política monetária e fiscal, especialmente no que diz respeito às taxas de juros.

Desafios e oportunidades

A possível revogação de medidas que impactam a indústria e a continuidade de injeções de capital na economia são fatores essenciais a serem monitorados, pois podem afetar a inflação e as decisões do Banco Central sobre juros. A manutenção de altas taxas pode desacelerar a atividade econômica, mas também pode abrir espaço para novos investimentos em setores como construção e indústria.

Diante desses dados, o mercado de trabalho no Brasil revela um quadro complexo, onde a resiliência e a adaptação às novas condições econômicas são fundamentais.

Fonte: www.infomoney.com.br

Fonte: Divulgação/EBC

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