Meteoro ilumina céu do Rio Grande do Sul com espetáculo de longa duração

Fenômeno foi registrado por observatórios e durou impressionantes quatro segundos

Meteoro ilumina céu do Rio Grande do Sul com espetáculo de longa duração
Meteoro registrado no céu do RS. Foto: Logotipo Olhar Digital

Um meteoro de longa duração cortou o céu do RS, encantando observadores na madrugada desta terça-feira.

Meteoro surpreende no céu do Rio Grande do Sul

Um meteoro cortou o céu da região central do Rio Grande do Sul na madrugada desta terça-feira (18), impressionando muitos que tiveram a sorte de testemunhar o fenômeno. A passagem do meteoro, que durou cerca de quatro segundos, ocorreu às 2h37 (horário de Brasília) e foi registrada pelas câmeras do observatório do Bate-Papo Astronômico, localizado em Santa Maria.

Apesar da presença de nuvens, o meteoro também foi captado parcialmente pelo observatório do Clube de Astronomia do Campus Santo Ângelo, do Instituto Federal Farroupilha, na região das Missões. As imagens obtidas por esses dois observatórios são parte da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), que documenta fenômenos celestes como este.

Características do meteoro e sua origem

Fabricio Colvero, responsável pelo projeto Bate-Papo Astronômico, destacou que, apesar da magnitude do meteoro, ele se desintegrou completamente na atmosfera, não representando nenhum risco para a população. “Este, sem dúvidas, figura entre os mais belos registros de nosso observatório”, afirmou Colvero.

O fenômeno ocorreu em um momento particularmente interessante, pois as duas últimas noites estavam marcadas pelo pico da chuva de meteoros Leônidas. Esta chuva acontece anualmente quando a Terra atravessa uma trilha de detritos deixada pelo cometa 55P/Tempel-Tuttle. No entanto, Colvero observou que, embora o meteoro tenha uma longa duração, ele não parece pertencer a essa chuva, vindo de um radiante diferente.

Importância das observações astronômicas

A dificuldade em uma análise mais detalhada se deve ao fato de que a câmera que registrou o meteoro, focada em raios, não possui os parâmetros técnicos adequados para meteoros, enquanto a câmera de Santo Ângelo capturou apenas uma parte do fenômeno. Essas observações são cruciais para o estudo de meteoros e ajudam a aumentar o conhecimento sobre esses eventos celestes.

Quando meteoroides, pequenas rochas espaciais, entram na atmosfera da Terra a altas velocidades, eles aquecem o ar e produzem um intenso clarão, que os astrônomos denominam de meteoro. Esses eventos são meramente luminosos, não consistindo em objetos físicos. Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia, explica que “meteoro não é sólido, não é líquido nem gasoso, é apenas luz”.

Classificação e segurança dos meteoros

De acordo com a Sociedade Americana de Meteoros, um meteoro é classificado como uma “bola de fogo” quando seu brilho é igual ou superior ao de Vênus (magnitude -4). Se o brilho for ainda mais intenso, podendo causar explosões e estrondos audíveis, ele é designado como “bólido”. É importante ressaltar que esses fenômenos são inofensivos; na maioria das vezes, o meteoroide se desintegra completamente antes de alcançar o solo. Em raras ocasiões, pequenos fragmentos (os chamados meteoritos) podem atingir a superfície da Terra.

Os registros e estudos sobre meteoros contribuem significativamente para o entendimento dos fenômenos celestes e sua interação com o planeta, além de encantar aqueles que têm a oportunidade de observá-los.

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