Nova diretriz reclassifica pressão de 12 por 8 como pré-hipertensão

Mudanças nas diretrizes de hipertensão no Brasil

Nova diretriz reclassifica pressão de 12 por 8 como pré-hipertensão
Foto: N/A

Nova diretriz reclassifica a pressão arterial de 12 por 8 como pré-hipertensão, exigindo mais atenção médica.

Uma nova diretriz endossada por três sociedades médicas no Brasil reclassificou a pressão arterial, agora considerando como pré-hipertensão valores entre 12 por 8 e 13,9 por 8,9 (120-139 mmHg sistólica e/ou 80-89 mmHg diastólica). O documento foi divulgado nesta quinta-feira (18) durante o 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia, elaborado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH).

Mudanças nas metas de tratamento

A nova diretriz estabelece que a meta de tratamento deve ser abaixo de 13 por 8 (<130/80 mmHg) para todos os hipertensos, independentemente de idade, sexo ou presença de outras doenças. Essa alteração busca reduzir riscos de complicações como infarto e AVC. O relatório também introduz o escore PREVENT, que avalia o risco cardiovascular global dos pacientes, considerando fatores como obesidade e diabetes.

Foco no Sistema Único de Saúde (SUS)

Um capítulo inédito da diretriz é dedicado ao SUS, refletindo que cerca de 75% dos hipertensos são acompanhados na rede pública. As recomendações incluem priorizar medicamentos disponíveis na rede e garantir protocolos de acompanhamento multiprofissional. Além disso, medidas específicas para a saúde feminina também foram abordadas, reconhecendo as fases de maior vulnerabilidade para a hipertensão em mulheres.

Recomendações de estilo de vida

As orientações reforçam a importância de mudanças no estilo de vida, como perda de peso, redução de sódio e prática regular de exercícios. Para a maioria dos pacientes, recomenda-se iniciar tratamento com uma combinação de dois medicamentos em baixa dose. A meta de 13 por 8 também se aplica a pacientes com condições específicas, como diabetes e insuficiência renal.

Com a reclassificação e as novas metas, milhões de brasileiros podem ser considerados em risco, sendo fundamental transformar essas diretrizes em práticas cotidianas nos consultórios e unidades de saúde.

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