Novo revés para Motta: Alcolumbre e Lula movem PL Antifacção

Alcolumbre escolhe relator moderado para o PL Antifacção, criando novo desafio para Hugo Motta.

Novo revés para Motta: Alcolumbre e Lula movem PL Antifacção
Metrópoles

Alcolumbre e a escolha do relator do PL Antifacção

Em 20 de novembro de 2025, a política brasileira vive um momento decisivo com a escolha do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), ao nomear Alessandro Vieira (MDB-SE) como relator do PL Antifacção. Essa decisão não apenas favorece o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, mas também representa um revés significativo para Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, que se vê pressionado por uma nova dinâmica legislativa.

A escolha de um nome moderado, como Vieira, sugere uma estratégia do Planalto para alterar a proposta original de combate às facções criminosas, que visa fortalecer a atuação das forças de segurança, incluindo a Polícia Federal. Vieira, em conversas reservadas, sinalizou que pretende manter o cerne do texto, mas com ajustes que garantam o orçamento da PF e reavaliem a atuação da Receita Federal, aspectos que foram criticados na versão anterior do projeto.

Implicações para Motta e o centrão

A movimentação no Senado deve obrigar a Câmara a reavaliar o projeto, o que pode expor as emendas feitas pelos deputados do centrão e da oposição, especialmente aquelas que enfraquecem a atuação da PF. Para Motta, isso representa uma oportunidade para o governo de Lula de reposicionar-se no debate público, utilizando as mudanças como munição política nas redes sociais.

As lideranças do PT na Câmara já identificaram um espaço para criticar as alterações feitas por Motta, que foram apelidadas de ‘PL da Bandidagem’. Essa situação reflete um padrão de conflitos entre os interesses do Planalto e a base de apoio do centrão, que precisa lidar com a pressão e as críticas que surgem a cada nova reviravolta legislativa.

A conexão entre os projetos

A conexão entre o PL Antifacção e a PEC da Blindagem, que também foi relatada por Vieira, não é mera coincidência. A PEC, que buscava proteger deputados e senadores de processos criminais sem autorização de suas Casas, foi rejeitada no Senado, deixando Motta com o ônus da responsabilidade pelo projeto. A escolha de Vieira para relatar o PL Antifacção parece ser uma estratégia deliberada de Alcolumbre, que deseja explorar as fraquezas da articulação entre as duas Casas do Congresso.

A próxima etapa para o PL Antifacção

Com as alterações propostas, o PL Antifacção deve retornar à Câmara, onde a leitura e votação irão expor as mudanças feitas e as divergências entre as posições do centrão e do governo. Essa nova fase no debate legislativo pode intensificar a disputa entre os aliados de Lula e os opositores, especialmente em um ambiente político marcado por tensões e rivalidades.

O desdobramento desta situação ainda está em aberto, mas as movimentações iniciais já indicam que a estratégia política de Alcolumbre, junto ao apoio de Lula, pode colocar Motta em uma situação vulnerável. Resta saber como o cenário irá evoluir nas próximas semanas, à medida que os debates sobre o PL Antifacção se intensificam.

Fonte: www.metropoles.com

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