O presidente Javier Milei e seu partido, A Liberdade Avança, conquistaram uma vitória contundente nas eleições de meio-mandato realizadas neste domingo (26) na Argentina. Com mais de 40% dos votos, o resultado representa uma ascensão histórica da direita no país, marcando um ponto de inflexão após décadas de predomínio do peronismo e da centro-esquerda. Aliados descrevem o momento como uma virada “épica”, prenunciando um novo capítulo na política argentina.
Com a apuração de mais de 90% das urnas, o bloco governista assegurou 64 cadeiras na Câmara dos Deputados e expandiu significativamente sua influência no Senado. A vitória em seis das oito províncias com vagas em disputa demonstra a força crescente do governo. O desempenho surpreendeu até mesmo as projeções mais otimistas, que indicavam uma disputa mais acirrada com a coalizão peronista Força Pátria.
A vitória governista reverte o cenário das últimas eleições na província de Buenos Aires, onde Milei havia sido derrotado anteriormente. Desta vez, a legenda de direita venceu também em importantes redutos como Córdoba, Santa Fé e Mendoza. Essa consolidação nacional é inédita para um partido recém-criado, evidenciando o impacto do discurso e das propostas de Milei no eleitorado.
O peronismo, buscando se reerguer em meio à fragmentação da esquerda e ao desgaste do kirchnerismo, sai enfraquecido das urnas. Apesar de somar um número considerável de votos, a divisão interna do bloco opositor resultou em perdas significativas. A imprensa argentina, inicialmente cética, agora reconhece o capital político sem precedentes que Milei conquistou para implementar suas reformas econômicas e institucionais.
Os principais jornais, como Clarín e La Nación, destacaram que o resultado abre caminho para o avanço das propostas de Milei, frequentemente obstruídas por setores que agora perderam representatividade no legislativo. A participação nas urnas atingiu 67%, demonstrando o engajamento da população neste momento crucial da história política argentina.
