Brasil considera valor ainda insuficiente para custos locais
A ONU aumentou o subsídio para hospedagem na COP30, mas Brasil considera valor insuficiente.
A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou um aumento no subsídio diário para hospedagem de países na COP30, que ocorrerá em novembro em Belém, capital do Pará. Apesar da elevação do subsídio, o Brasil considera a taxa insuficiente para cobrir os custos locais, afirmando que ‘o valor continua abaixo da média praticada em outras capitais brasileiras’. O aumento no subsídio passou de US$ 144 (R$ 763) para US$ 197 (R$ 1.044).
Números e indicadores do caso
A previsão é de que 196 delegações participem do evento, mas até o momento, apenas 40% das delegações já reservaram hospedagem. Atualmente, 79 países confirmaram hospedagem através da plataforma do governo, enquanto 70 países estão em processo de negociação. O secretário-executivo da UNFCCC, Simon Stiell, destacou que, apesar do progresso, ainda há mais a ser feito.
Críticas ao subsídio
O governo brasileiro também ressaltou que o valor do subsídio é inferior ao oferecido em outros países. Na Alemanha, por exemplo, a diária subsidiada durante a Conferência de Bonn era de US$ 400. Em resposta a essa situação, o Brasil sugeriu uma taxa excepcional que facilitaria a vinda de delegados de países em desenvolvimento, já que a crise de hospedagem se intensificou, levando 29 países a solicitar a mudança da cidade sede.
Posicionamento do governo brasileiro
Míriam Belchior, secretária executiva da Casa Civil, afirmou que o governo brasileiro já está arcando com custos significativos para a realização da COP30, e não há possibilidade de subsidiar delegações de países, incluindo aqueles que são mais ricos que o Brasil. “Não cabe aos brasileiros fazer subsídio a outros países”, declarou Belchior.
A situação continua a ser monitorada, e a colaboração entre o Brasil e a ONU é essencial para garantir o sucesso do evento.
