A origem do Mangalarga Marchador no Brasil: uma tradição de 470 anos

Descubra como a raça se desenvolveu e se consolidou ao longo da história brasileira

A origem do Mangalarga Marchador no Brasil: uma tradição de 470 anos
Cavalo Mangalarga Marchador em destaque. Foto: Linhagem Favacho

A história do Mangalarga Marchador desvela um legado de mais de 470 anos de evolução e aprimoramento no Brasil.

A história do Mangalarga Marchador no Brasil

A história do Mangalarga Marchador, uma das mais icônicas raças de cavalo do Brasil, está intimamente ligada ao desenvolvimento cultural e econômico do país. Desde a chegada dos primeiros equinos em 1549, com Tomé de Souza, até a consolidação dessa raça, a trajetória é marcada por mais de 470 anos de evolução e aprimoramento.

A chegada dos primeiros cavalos ao Brasil

Os primeiros cavalos foram trazidos da Península Ibérica e, inicialmente, serviam como animais de trabalho e transporte. Nos primórdios da colonização, esses animais eram criados de maneira rudimentar, o que levou à degeneração das características desejáveis. Porém, sua importância na pecuária colonial foi inegável, expandindo-se por várias regiões e até sendo exportados para outras colônias.

Ciclo do ouro e a necessidade de melhoramento

Com o ciclo do ouro, a demanda por cavalos mais robustos e resistentes cresceu, impulsionando o melhoramento genético. Propriedades como a de Garcia D’Ávila e Antônio Guedes de Brito foram fundamentais para fornecer cavalos para as expedições e o comércio em expansão, estabelecendo as bases para o que viria a ser o Mangalarga Marchador.

Influências regionais na formação da raça

O Sul de Minas e o Nordeste contribuíram significativamente para o desenvolvimento da raça. Enquanto o Nordeste estabelecia criatórios, o Sul consolidava sua influência com a introdução de novos animais. Essa mistura de linhagens resultou na base genética dos cavalos que mais tarde dariam origem ao Mangalarga Marchador.

A Revolução com a chegada de D. João VI

A chegada de D. João VI ao Brasil em 1808 trouxe novas raças, como o Alter Real e tipos árabes, que revolucionaram os plantéis nacionais. A criação da Coudelaria Real de Cachoeira do Campo, em Minas Gerais, tornou o estado um polo de aprimoramento equino. Nessa época, surgiram exemplares como Colorado, que se tornaram símbolos da raça.

A evolução da raça e a consolidação do Mangalarga Marchador

O Mangalarga Marchador tem suas raízes na Fazenda Campo Alegre, onde o aprimoramento contínuo e a seleção rigorosa definiram a raça. A associação entre a fazenda Mangalarga e o nome Marchador, devido à marcha característica dos animais, culminou na fundação da ABCCMM em 1949, consolidando a raça com mais de 600 mil registros.

Considerações finais

Hoje, o Mangalarga Marchador é reconhecido não apenas como o maior grupo de equinos de sela do Brasil, mas também como uma referência mundial. Sua história é um testemunho da rica cultura e tradição do Brasil, refletindo o trabalho e a dedicação de gerações de criadores que moldaram essa raça admirável.

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