O acidente vascular cerebral (AVC), uma das principais causas de morte e incapacitação em todo o mundo, foi o foco de um amplo debate na Assembleia Legislativa do Paraná. A mesa-redonda, proposta pelo deputado Ney Leprevost, reuniu especialistas para discutir prevenção, tratamento e reabilitação, buscando reduzir o impacto dessa grave questão de saúde pública no estado. A iniciativa coincidiu com as celebrações do Dia Mundial e Nacional de Combate ao AVC, ambos em 29 de outubro.
A deputada-secretária Márcia Huçulak conduziu o debate, enfatizando a seriedade dos AVCs e a importância de hábitos saudáveis na prevenção, especialmente no controle da hipertensão. “Cerca de 85% dos casos [de doenças cardiovasculares, incluindo o AVC] são provocados pela hipertensão e o diabetes”, ressaltou a deputada, sublinhando o potencial de mudanças no estilo de vida para evitar um quarto das mortes. O deputado Dr. Leônidas também participou ativamente da discussão.
Um ponto crucial abordado foi a necessidade de identificação rápida dos sintomas e encaminhamento imediato para atendimento médico. A Dra. Viviane Flumignan Zétola, do Hospital de Clínicas da UFPR, destacou a importância da “janela” de quatro horas após o AVC para evitar sequelas graves. “O AVC é a segunda causa de morte no mundo e, pior do que morrer, é ficar incapacitado”, alertou a médica, enfatizando a urgência de informar a população sobre os sinais e sintomas.
Nesse sentido, o deputado Ney Leprevost apresentou projetos de lei para aumentar a conscientização sobre o AVC. O PL 968/2025 propõe a afixação de placas informativas em locais públicos, enquanto o PL 967/2025 visa estabelecer diretrizes para a organização do atendimento às vítimas de AVC e infarto, inclusive com o uso da telemedicina. Essas medidas visam agilizar o atendimento e aumentar as chances de recuperação completa dos pacientes.
A Secretaria de Estado da Saúde também está empenhada em aprimorar o atendimento ao AVC, com planos de expandir o número de centros de referência e unidades de trombólise no estado. O Dr. César Neves, diretor-geral da Secretaria, destacou a importância da administração rápida de trombolíticos, medicamentos que podem desobstruir vasos sanguíneos no cérebro. “Essa droga faz uma diferença enorme entre um futuro paciente sequelado e um possível óbito”, concluiu o médico, ressaltando o impacto positivo da iniciativa para evitar sequelas e óbitos.
