O governo do Paraná planeja expandir significativamente o modelo das escolas cívico-militares, integrando o ensino em tempo integral e profissionalizante a partir de 2026. A proposta, já encaminhada à Assembleia Legislativa, visa fortalecer a política educacional do estado, que já possui a maior rede de colégios cívico-militares do país.
A iniciativa, liderada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, busca otimizar a organização das unidades de ensino, somando a gestão civil com a disciplina militar. Atualmente, o modelo cívico-militar, implementado em 2020, conta com profissionais militares da reserva atuando como monitores, auxiliando na rotina escolar e na disciplina dos alunos.
Atualmente, o Paraná conta com 312 colégios cívico-militares, atendendo cerca de 190 mil estudantes. “Esse é um modelo que atende uma solicitação de pais e professores e que se mostrou um acerto”, afirma o secretário da Educação, Roni Miranda. “Temos fila de solicitações e estamos trabalhando na legislação para ampliar as possibilidades do programa”.
Dados recentes do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) apontam para o sucesso do modelo. As escolas cívico-militares do Paraná registraram notas acima da média estadual, com 5,43 nos anos finais do ensino fundamental e 4,75 no ensino médio – superando a média paranaense de 5,3 e 4,63, respectivamente. Em relação ao Ideb de 2021, 64% das escolas que adotaram o modelo cívico-militar elevaram suas notas.
A proposta em análise na Alep visa permitir que escolas de tempo integral e profissionalizantes adotem o sistema cívico-militar. O objetivo é integrar a jornada estendida e os projetos pedagógicos ao modelo disciplinar e de gestão compartilhada. O ensino profissionalizante, outro foco da nova proposta, também está em expansão, com um aumento de quase 350% no número de alunos matriculados entre 2021 e 2025.
Fonte: http://massa.com.br
