O Estado alcança índices recordes de redução e avança na busca pela neutralidade climática.

Paraná registra a menor emissão de gases de efeito estufa em 2024, com redução de 10,03% em relação a anos anteriores.
Paraná registra a menor emissão de gases de efeito estufa em 2024
O Paraná registrou em 2024 o menor volume nas emissões brutas de gases de efeito estufa (GEE) em 15 anos. A redução de 10,03% foi anunciada na 13ª edição do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg), coordenado pelo Observatório do Clima. As emissões caíram de 77,05 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente (MtCO₂e) para 69,32 MtCO₂e, colocando o estado entre os que mais reduziram emissões no Brasil.
A coordenadora de Ação Climática e Relações Internacionais da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), Walquíria Biscaia, enfatizou que essa diminuição é um marco na busca pela neutralidade climática. Ela destacou que as políticas estaduais estão trazendo resultados concretos na redução das emissões e no aumento da captura de carbono pela vegetação. “Isso indica que o Paraná está alinhando desenvolvimento econômico e proteção ambiental”, afirmou.
Iniciativas que promovem a sustentabilidade
Dentre as iniciativas que contribuíram para essa redução, destaca-se o Selo Clima Paraná, um registro público estadual de emissões de GEE, que tem visto uma adesão crescente de empresas e organizações públicas. O Plano de Ação Climática do Paraná (PAC-PR 2024–2050) e o Plano de Descarbonização da Economia Paranaense (Pedep) também são fundamentais, apoiando municípios e setores na transição para práticas sustentáveis.
Walquíria ainda mencionou o Mapeamento de Vulnerabilidades Climáticas, realizado em parceria com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), e o Programa Previna, que visa combater incêndios e proteger áreas naturais. Essas ações robustas fazem parte de um planejamento que promete resultados positivos a longo prazo.
Compensação de emissões e parcerias
O Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Sedest, firmou um acordo com a ONU para compensação das emissões geradas pelas atividades do Secretariado da Diversidade Biológica. O objetivo é restaurar áreas degradadas no Paraná até 2030, utilizando métodos como o plantio de árvores nativas. O IAT se compromete a monitorar e certificar a compensação das emissões, emitindo relatórios detalhados sobre as áreas recuperadas.
O diretor-presidente do IAT, Everton Souza, destacou que muitas empresas reconhecem o Paraná como um líder em sustentabilidade e defesa da biodiversidade. Essa percepção positiva é um incentivo para o estado continuar avançando nas políticas ambientais.
Fiscalização e redução do desmatamento
Outro aspecto relevante é a intensificação da fiscalização ambiental. De acordo com o Relatório Anual do Desmatamento (RAD), o Paraná reduziu em 64,9% o desmatamento ilegal da Mata Atlântica entre 2023 e 2024. Essa manutenção das florestas é crucial para aumentar a captura de carbono pelos ecossistemas.
O IAT realiza medições periódicas das emissões atmosféricas em indústrias licenciadas, a fim de verificar se estão dentro dos padrões legais. Além disso, a qualidade do ar é monitorada continuamente para orientar políticas públicas de controle e prevenção, com penalidades para as empresas que não cumprem os limites estabelecidos.
Essas iniciativas e o compromisso do Paraná com a sustentabilidade demonstram que é possível conciliar desenvolvimento econômico com proteção ambiental, estabelecendo um modelo a ser seguido por outras regiões.


